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Cordel-->Boteco e telecoteco -- 20/11/2003 - 20:12 (Elpídio de Toledo) Siga o Autor Destaque este autor Envie Outros Textos
Clic"ali, oh:=>>>Uquêcosorfalô? Antôinimo?










Quando dor é de lascar,
você tem grande anseio
de não deixar se montar,
quer é nela por arreio,

e não quer se entregar.
Isso é coisa normal.
Mas tem que a suportar,
enquanto durar o mal.

Existem falsas saídas,
como trabalho, boteco,
raiva, cordéis ou bebidas,
projeções, "telecoteco"...

Mazelas não lhe libertam
do sofrimento medonho.
Não o minoram, apertam,
pois você está em sonho,

inconsciente, negando
seu sofrer emocional.
Você fica só pensando,
faz o que é trivial.

E você o irradia,
por assim dizer, propaga
negativa energia
que a muitos azorraga.

E o troco vem na hora,
através de agressão,
pois não estão no Agora,
e, nessa situação,

você também mal projeta
seu sofrer emocional,
fere, tal qual uma seta
machuca um animal.

Você atrai e transmite
aquilo que corresponde,
sem medida, sem limite,
o que, dentro, se esconde,

seu clima interior.
Existe sempre um meio,
se não há no exterior,
de encarar seu anseio:

não fuja do sofrimento.
Sinta-o plenamente,
sem fazer discernimento,
sem contar com sua mente.

Sobre ele nada pense,
encare-o, simplesmente.
Deixe que ele adense,
sem história, sem a mente.

É a pura preensão,
atenção ao sofrimento,
não entra a percepção,
a reação do momento;

você dá misericórdia
a esse seu sofrimento,
seja qual for a discórdia,
você não faz julgamento.

Não importa quem ou o quê
provocou o seu sofrer.
Você não pode ceder
ao modo da mente ver,

pois ela quer lhe fazer
de vítima, em função
desse seu longo sofrer.
Ela pede compaixão,

chora, quer que você sinta
pena de si mesmo,
pretende que você minta,
e que invente a esmo,


até se paralisar
no meio do sofrimento.
Se do sofrer afastar
não é possível alento,

afastar do sentimento,
você tem que se mover
contra ele, bem atento,
para que possa vencer.

Ponha sua atenção
totalmente no que sente,
concentre-se, com paixão,
e nenhum nome invente

para esse sentimento.
Intensamente alerta,
e em sua direção,
uma porta é aberta;

pode ser algum lugar
escuro, aterrador.
Querendo se afastar,
seja seu observador,

mas não deixe se guiar
por esse seu sofrimento.
Fique só no atentar
pra esse grande momento,

sentindo lá o que for,
pesar, medo, solidão,
ódio, ciúme, pavor,
uma horrível tensão...

Fique alerta, presente.
Ponha seu corpo, seu Ser,
cada célula à frente.
É luz no escurecer,

é chama da consciência.
Nesse ponto, você deixa,
por ser de conveniência,
de aprontar qualquer queixa,

dizendo que não dá conta,
que tenta se entregar,
e não quer fazer afronta
ao seu sofrer de lascar.

Pois a entrega se deu,
sem nenhum pestanejar,
ela já aconteceu
durante seu atentar,

pois a atenção completa
é a entrega inteira,
a aceitação correta
dissolve a cruz inteira,

usando o seu poder,
o nobre poder do Ser,
da presença, do viver
em paz, com tal proceder.

Nenhum resistir consegue
sobreviver nesse nível.
O tempo não retrossegue
com a presença visível.

Sem tempo, não há sofrer,
não há negatividade,
nada vai sobreviver,
a não ser serenidade.

Aceitar o sofrimento
é dirigir-se à morte.
Encarar o sentimento,
sem causar-lhe nenhum corte,

nele pondo atenção,
é ter morte consciente.
Depois dessa extinção,
com você no seu presente,


você vê que não existe
morte, nada a temer.
O ego não mais insiste,
pois acabou de morrer.

Se algum raio de lua
se esquece que depende
da ligação que atua
da fonte, que lhe acende,

e crê que precisa ir
lutar pela sobrevida,
e passa a discernir
que há uma outra vida,

a outra identidade,
da lua bem diferente,
onde há serenidade,
com ele bem mais presente...

Será que o esquecer,
a morte da ilusão
de da lua depender,
é sua libertação?

Você quer morrer, de fato,
facilmente, sem sofrer,
sem agonia, sem pato?
Você pode morte ter,

morrendo pro seu passado
a cada momento breve,
desde que iluminado
pelos raios da luz leve

da sua forte presença,
que apaga o pesado
"eu", essa dura doença,
que tem mais lhe enganado,

fazendo você pensar
que você era "você",
que quer lhe manipular,
afastando-lhe do Ser.

Clic"ali, oh:=>>>Tal e qual "méa mulé!"































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