OS HOMENS NÃO SE MEDEM AOS PALMOS
Jan Muá
2 de julho de 2023
Quando se fala proverbialmente que "os homens não se medem aos palmos", a sabedoria popular está nos dizendo que a grandeza do ser humano não se mede com uma régua para verificar sua altura corporal.
Está nos dizendo com clareza que a verdadeira grandeza humana se mede mais pelas virtudes éticas e morais do que pela estatura física.
A história não mediu aos palmos nem a ação dos heróis, nem a dos santos, nem a das pessoas que sacrificam suas vidas por ideais superiores.
Não se mede aos palmos a grandeza de muitas mães dedicadas e sacrificadas das periferias urbanas pobres que aguentam todos os sacrifícios e se doam como heroínas, sem recursos e assistência social, para levar sua vida e educar seus filhos com dignidade.
Não se medem aos palmos os pais que constroem um lar que se torna escola de educação.
Não se mede aos palmos a grandeza das pessoas que fraternalmente dividem o pouco que têm com seu semelhante ou que se solidariazam com causas de ação social.
A grandeza destas pessoas é de outro tipo. Não é grandeza física. É grandeza de luta, grandeza de ideal, grandeza fraterna, grandeza solidária, grandeza evangélica, grandeza educacional e grandeza de adesão a valores sociais e religiosos.
Essas pessoas trabalham numa escala que só aqueles que têm estofo moral e colocam o egoísmo e os interesses pessoais de lado, conseguem entender. Entendem porque também praticam e contribuem para que haja uma sociedade mais fraterna e mais sensível à miséria e à carência social.
Tudo isto é grandeza. É estatura.
Seu valor é medido pela régua do espírito que trabalha com valores morais, éticos e espirituais.
Esses valores habitam dentro das pessoas. É um dom possuí-los e trabalhar com eles. A adesão a esses valores faz dessas pessoas espíritos superiores em contraste com a estatura medíocre de uma sociedade egoísta que se banaliza num quotidiano cheio de histórias sem perspectiva de grandeza.
Jan Muá
2 de julho de 2023
|