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Poesias-->9. ARES DOUTORAIS -- 01/03/2003 - 06:59 (wladimir olivier) Siga o Autor Destaque este autor Envie Outros Textos


Eternamente é pouco, algumas vezes,

Nas promessas de um ser apaixonado,

Mas, ao cabo de uns quatro ou cinco meses,

Muito do que se disse está de lado,

Porque os prismas sérios, maus, soezes,

Não poderão jamais causar agrado:

Quem desconhece as próprias estruturas

Não poderá compor eternas juras.



É isso o que acontece a muita gente,

Ao conhecer os tópicos da lei,

Pois quer chegar ao fim, rapidamente,

Globalizando o amor de sua grei,

Pensando que o Universo se contente,

Apenas por dizer aos outros: — “Sei!” —,

Deixando o seu trabalho p’ra depois,

Enquanto quer viver a vida a dois.



Um dia, aqueles prismas se revelam

E o nosso irmão se vê também sozinho.

É que os valores d’alma só se selam,

Depois de percorrido um bom caminho.

Os compromissos da virtude zelam,

P’ra que jamais se diga: — “Eu adivinho!” —,

Que os componentes da melhor doutrina,

Só o trabalho com amor ensina.



O seu irmão deseja progredir

E tudo faz para alcançar o amor.;

Conhece a meta do melhor porvir

E se contenta só com bem compor

Alguns versinhos, com o Wladimir,

Pobres versinhos, sem qualquer valor,

De si dá tudo quanto tem de bom,

Mesmo que seja um rude e simples som.



Não faz promessas de gentis empresas,

Apenas rima amor com formosura.;

Não quer as artes nem sequer belezas,

Mas transmitir as leis sempre procura,

Para manter as chamas bem acesas

Da caridade, que com fé perdura,

Nalguns escritos tímidos de velho,

Pois segue à letra os mantras do evangelho.



Toda humildade é sempre a recompensa

De quem trabalha sem pensar em si.;

Com muito amor, é só esperar que vença,

Pois não existem muitos por aí

Que não reclamem dessa obra extensa,

Que não querem dizer: — “Eu não vivi,

Por ter feito o melhor ao meu irmão,

Enquanto eu rastejava pelo chão.”



O sentimento é válido na vida,

Quando gera alegria e caridade.

Se é de rancor o trauma que convida

A se exercer a outrem só maldade,

Havemos de buscar uma saída,

Mesmo que a conseqüência não agrade:

É no evangelho que Jesus ensina

A não levar além a torpe sina.



Essa bondade aqui tem um limite,

Pois se respeita o arbítrio do encarnado.

Por isso, o nosso verso é só um convite,

Que não quer ser jamais de desagrado,

P’ra que, no bem, o irmão sempre medite,

Mesmo que deixe a trova ali, de lado,

Que o bom, p’ra quem se põe junto a esta mesa,

É dar ao seu leitor do amor certeza.



Cumpri minha promessa de modéstia

E fiz uns versos pobres p’ra chuchu,

Mas se extrair uns alhos desta réstia,

Acrescentando o odor de caruru,

Vai ter o amigo, no final da “béstia”,

Algum tempero para um bom angu,

Que a substância destes alimentos

Há de nutrir de amor os pensamentos.



Senhor, perdoa a rima inadequada

E faze que o amigo esteja bem,

Que sinta só um pouquinho, um quase nada,

De amor pelo poeta que hoje vem

Com ares doutorais em que se engrada

A tese da poesia, nota cem,

Porque, se fosse outro, com talento,

Deixava-se ir ao Céu, levado ao vento...



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