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Artigos-->6. DECLARAÇÃO DE FIRMINO -- 14/03/2002 - 07:03 (wladimir olivier) Siga o Autor Destaque este autor Envie Outros Textos


Naturalmente, sendo citado, me obrigam a comparecer para novas apreciações, em função de alguns elementos que não se ajustam direito à minha maneira de ver os fatos.



Não vou insistir no tema do verbo divino, porque seria por demais pretensioso estender-me a respeito de algo que me parece muito sutil e de difícil assimilação. No entanto, louvo o pensamento segundo o qual o término da existência, tal como a conhecemos ou concebemos, se dê em harmonia com o princípio, pois me parece lógico que, se Deus criou pelo verbo, haverá de “descriar” também pelo verbo. Vejam bem que não estou asseverando que haverá essa fase existencial, porque a vontade que se faz e sempre se fará será a de Deus, independentemente de nossa possibilidade de concepção indicar-nos que seja lógico que o Criador reverta o processo para reabsorver em seu seio ou em seu reino a todas as individualidades.



Penso que este tópico vá encontrar resistência no âmbito do movimento espírita, porque Kardec interrogou seus protetores a respeito e estes lhe afiançaram de que não haveria dissolução dos seres no âmbito do Incriado, ou seja, aquela suprema inteligência que deu origem a todas as coisas, a todos os universos, se assim posso expressar-me. Mas como não quero promover nenhuma desordem doutrinária, ainda que tenha por princípio de minha atuação psíquica o livre-arbítrio garantido por lei natural, não possuo o direito de expor dúvidas ou elaborações metafísicas próprias, que tudo quanto deve ser dado aos companheiros espíritas ouvir tem de ser, forçosamente, aprovado pelos espíritos de luz, prepostos do Cristo, nosso Senhor e nosso Irmão Maior.



Isto posto, tendo refletido a respeito do sentido didático destas mensagens e prevenido os dignos leitores quanto à limitação das ponderações aqui assinaladas, posso, sem medo de ofender a ninguém, propugnar que, se Deus assim considerar justo, não haverá criatura alguma que possa opor-se, ainda que muitas nós consideremos mensageiras do Senhor, intérpretes superiores de suas leis e guardiães da existência.



Tanta gente fala em nome de Deus que me parece insano vir afirmar algo tão pueril como a afirmação de que ele é quem deve argüir a verdade relativa às suas criaturas, pois todo o mundo se acostumou a considerar-se meio dono da verdade, dizendo que o Pai quer ou não quer isto mais aquilo.



Falo em meu nome pessoal e não desejo envolver a minha turma, muito menos meus instrutores e mentores. Sei que deveria calar-me para não propiciar a ninguém ocasião de desavença, mas, se não provocar certas reações de caráter intelectual pelo medo dos arremessos meramente emocionais, estarei em falta com a minha consciência.



Eis minha posição perante os postulados das entidades que gostariam de poder assumir a responsabilidade de suas expressões, mesmo para o confronto com as opiniões dos pares e para o ralho dos professores. Ainda que menos, aqui nós também agimos segundo o princípio de erro e acerto, intimamente relacionado ao de castigo e recompensa, muito mais pelos efeitos psíquicos dessas reações do que propriamente pela inferência de que, se agirmos de modo falho, iremos decair da consideração alheia.



Peço perdão aos leitores se, toda vez que me apresento, o texto dá mostras de não se construir necessariamente pelos padrões habituais dos humanos em matéria de redação. Entretanto, não me preocupa, como deve ter ficado assaz evidenciado, que o resultado não se paute pelas obras-primas dos seres superiores. Estivesse eu num patamar evolutivo mais adiantado e minha manifestação se daria em outro sentido que não o de objetivar as discussões, os atropelos “canônicos” de meus egrégios críticos, que muitos haverão de arvorar a bandeira da pureza doutrinária, sem a possibilidade de se idealizarem alguns pontos para além da humana compreensão.



Resguardo meu direito à liberdade de consciência e me ponho à vontade para dizer-lhes que aceitarei todas as observações provindas de corações depurados no sofrimento, pela inerente conseqüência de postura equilibrada, saudável e harmoniosa com os ditames da moral evangélica.



Quanto aos temas tratados pelo pessoalzinho da mensagem anterior, creio que muito pouco teria a acrescentar como contribuição. Louvo-lhes o sentido primeiro de seu procedimento que, antes de colocar no gelo os meus pensamentos e intuições, elegeu o caminho da comprovação dos raciocínios no campo fenomênico, tanto que buscaram exemplificar através da figura do mastodonte.



Na verdade, sem ar e sem luz não haveremos de ficar, se considerarmos que não nos constituímos apenas de memória, o que daria como resumo existencial personalidade tão-somente realizada em palavras, quando o que vale mesmo são as ações. É que, elegendo este tipo de manifestação, não poderemos jamais fugir às construções puramente teóricas. Se tivéssemos ensejo de manipular a matéria, talvez construíssemos algo tangível, mais próximo da realidade corpórea que dá a constituição espacial e temporal aos seres encarnados, mas aí estaríamos correndo o risco de efetuar algo muito mais físico e, portanto, a facultar maiores dúvidas quanto à origem espiritual dos eventos.



Nada é muito fácil no campo da mediunidade efetivamente voltada para a explicitação dos problemas próprios dos espíritos, aqueles com que se defrontam no dia-a-dia das conquistas que representam os ganhos de que necessitam para sua ascensão à esfera seguinte.



Aliás, aproveito o ensejo para assinalar que a idéia muito comum entre os espíritas de círculos, de esferas, de planos, de mundos superiores e inferiores, está ainda muito presa à configuração materializada da mente envolta pela fenomenologia empírica. Na verdade, a ascensão espiritual, a graduação dentro da escala espírita, o processo de evolução não surpreende campos imediatos, como no caso do nascimento ou da morte, que significa ingresso ou decesso de específica condição existencial caracterizada por uma duplicidade, porque fecunda a idéia de existirem dois entes integrados, um material, outro espiritual. No campo etéreo, a passagem para outro registro vibratório mais quintessenciado não guarda correlação com isso, porque os irmãos que reúnem condições de serem agasalhados por entidades mais perfeitas simplesmente vão desvestindo os invólucros mais grosseiros, como uma névoa que se desfaz por influência do calor do Sol.



Porque esta realidade só tem valor para os encarnados como informação e, talvez, como advertência ou prevenção, restrinjo-me a anotá-la.



Se já observei algum amigo passar, literalmente, desta para melhor? Sim, e o faço o tempo todo, porque, entre nós, estacionar não é mérito e todos estamos sempre nos alijando deste ou daquele peso que faz que nos arrastemos mais perto do solo — figuradamente, é claro! Mas essa transformação não é tão visível que se possa caracterizar a cada instante. Existe, porém, quem consiga manter-nos a ilusão de apresentação exterior imutável e que, de repente, nos avisa que está lamentando alegremente deixar-nos para trás, que podemos contar sempre com ele e que, de onde estiver, sempre estará auxiliando-nos com sua atenção de nível mais elevado.



Não é assim que os leitores gostariam de ver em pleno vigor a compleição espiritual dos entes queridos em fase de franco progresso? Por que, então, nos limitar o horizonte, quando podemos suspeitar de que Deus está sempre a estender-nos a mão, ao fazermos menção de praticar o bem, por amor a ele, à humanidade e às demais criaturas?





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