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Infantil-->PEDRO PEDRA E A BRUXA (cordel infantil) -- 23/02/2022 - 08:50 (MARIA HILDA DE J. ALÃO) Siga o Autor Destaque este autor Envie Outros Textos

PEDRO PEDRA E A BRUXA (cordel infantil)



No tempo da carochinha

Morava em uma vilazinha

Um menino muito valente

Que de um fato era ciente



Que na mata vivia uma bruxa

Feia, malvada e gorducha

Que tinha o mau costume

De afiar do facão o gume



Para assustar os meninos.

Um dia, evitando os felinos,

O menino que era valente

Mas também inconsequente



Entrou na mata sem se dar conta

Da seta que a estrada aponta

Levava o incauto caminhante

À casa da bruxa Violante.



Feliz, o menino de nome Pedro

Correu e subiu em um cedro

Desceu ao ver uma goiabeira,

Cheia de frutos em uma clareira.



Para ela correu todo lampeiro

Sentindo no ar o doce cheiro

Daquelas goiabas amarelinhas.

E gritando são todas minhas



Subiu, sentando-se em um galho

Recolhendo as frutas sem atrapalho

Quando ouviu um som rouquenho

Que dizia: Pedro fome eu tenho



Desça e me dê uma frutinha

Pois sou uma fada boazinha.

Pedro tremendo de medo

Respondeu: o fruto é azedo.



Mas a bruxa malvada Violante

Tinha na cabeça a ideia brilhante

De pegar o menino de surpresa

E levar amarrada a sua presa



Lá para as bandas do ribeirão

Onde fervia o enorme caldeirão

Na fogueira feita no chão.

Pedro pensou: é uma aberração



Preciso de ideia, uma solução

Para sair dessa grande armação.

Lembrou-se que Violante dizia

Ser bruxa versada em poesia



E que não existia ninguém capaz

De vencê-la, passa-la para trás.

Então Pedro disse em alto tom:

Você diz que tem um dom



De compor versos, que é poetisa

E que nem de inspiração precisa.

Levará as frutas que peguei

Se fizer versos com a palavra lei.



A bruxa pensou e deu uma risada

Ajeitando a velha saia amassada.

Começando uma rouca ladainha

Violante disse tanta abobrinha



Igual a quem de poesia nada sabe.

Pedro ria dizendo: que o céu desabe.

A bruxa repetiu o pedido infame:

Dê-me um fruto, pois tenho fome.



A promessa não foi cumprida

Não recitou a poesia prometida

Se eu descer você me pega

E para o caldeirão me carrega.



Mas como sou um menino esperto

Quero propor-lhe em campo aberto:

Feche os olhos e fique parada

Repetindo sem parar, sem errar



A cantilena que vou lhe ensinar

Para ganhar as frutas que desejar.

Percebendo êxito nesta proposta

De pegar o menino ela aposta



Que fará tudo que ele mandar.

Fechando os olhos pôs-se a cantar

Pensando no velho caldeirão

Cozinhando o menino Pedrão.



Então repita rápido sem parar:

Quebra pedra Pedro Pedra

Se pedra Pedro não quebrar

Quem pedra quebrará?



Violante iniciou a lengalenga

Muito atrapalhada e capenga.

Errando tudo estava temerosa

Da fuga da presa ao fim da prosa.



Violante, repetindo sem parar,

A cantilena pôs-se a rodopiar.

Pedro aproveitou o momento

Para terminar seu tormento.



Desceu da árvore rapidamente

E caminhando cautelosamente

Afastou-se daquele espetáculo

Antes que surgisse um obstáculo.



Ao longe olhou para trás e viu

Que a bruxa numa nuvem sumiu

Furiosa por ter sido enganada

E não ter a grande fome saciada.



23/02/22



(Maria Hilda de J. Alão)

(Histórias que contava para o meu neto)

https://hildaalao.blogspot.com

 


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