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Artigos-->Voto de mulher * -- 31/03/2013 - 22:31 (Benedito Pereira da Costa) Siga o Autor Destaque este autor Envie Outros Textos


Voto de mulher *



 



Mineira descobriu que a Constituição não  a impedia de votar



                         (8/3 dia internacional da mulher)



 



Em 1928, a estudante de Direito Mietta Santiago, de 20 anos, consultou a Constituição e descobriu que a restrição ao voto feminino não estava de acordo com a carta magna do País.



O artigo 70 dizia, simplesmente:



                                              São eleitores os cidadãos maiores de 21 anos que se alistarem na forma da lei.



Não havia qualquer menção a gênero.



Entusiasta, de ideais feministas, logo Mietta impetrou mandado de segurança e obteve, por força da lei, permissão para votar. Pela primeira vez uma mulher brasileira exigia pelos tribunais o direito de ajudar a decidir o futuro político do Pais.



A iniciativa inspirou medidas semelhantes Brasil afora. No ano seguinte, o Partido Republicano do Rio Grande do Norte lançou a candidatura de Alzira Soriano para a prefeitura de Lajes.  A fazendeira potiguar ganhou o pleito com 60% dos votos e tornou-se a primeira mulher prefeita da América latina.



O espírito de vanguarda de Mietta já se havia revelado tempos antes.



Em 1925, como poetisa, foi uma das colaboradas de A Revista, publicação que iniciou o modernismo em Minas gerais.



Seu conterrâneo Carlos Drumond de Andrade, ao ter notícia de sua conquista, dedicou-lhe o poema Mulher Eleitora:



 



                                                                                                                      Mietta Santiago



  Loura poeta bacharel



Conquista, por sentença de juiz,



Direito de votar e ser votada



Para vereador, deputado, senador,



E até Presidente da República,



Mulher votando?



Mulher, quem sabe, Chefe da Nação?



 



* Brasil, almanaque de cultura popular. São Paulo: Andreato (comunicação & cultura), ano 14, março de 2013, nº 167, p. 8. 


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