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Artigos-->7. HISTÓRIAS DA CAROCHINHA -- 15/03/2002 - 06:32 (wladimir olivier) Siga o Autor Destaque este autor Envie Outros Textos


Não se iludam pelo título, boníssimos leitores, porque já declaramos que não nos interessa o eminentemente episódico do sentimentalismo humano. Sendo assim, será justo esperar que tenhamos delíquios de fundo intelectual para nos atrevermos a provocações sem limites?



José não gostava de Maria, mas amava Joaquim etc. A vertente dos amores que não se correspondem é o que existe de mais comum entre os mortais. E entre os do plano espiritual?



Como caracterizar a afeição entre vibrações energéticas, sem o vislumbre da figura, segundo a imagem do desempenho carnal inerente aos genes e cromossomas, ficando tão-só no âmbito do amálgama dos fluidos em equilíbrio, cuja formação é mutável?



Kardec sempre desejava saber sob que forma as entidades apareceriam, se fosse capaz de vê-las, dando crédito aos médiuns videntes cujas descrições coincidissem com as formas conhecidas em vida. Mas sabia haver cambiantes de aparências, de modo que os critérios para a identificação dos espíritos na condição de seres desencarnados jamais lhe causou preocupação.



Através da literatura mediúnica, ficamos sabendo que, nas colônias do etéreo, os espíritos buscam fisionomia de fácil reconhecimento, principalmente quando da chegada de antigos parentes, pessoas que ainda se encontrem sob a influência psíquica terrena. Mas nos informaram mensageiros muitíssimo lúcidos que esses reencontros podem encher-se de vibração positiva, na reintegração familiar adequada para ressaltar os aspectos dos relacionamentos capazes de pôr os recém-chegados à vontade.



Desde Kardec, fique bem claro, os inimigos se perseguem séculos afora, até que os sofrimentos, as provações e as expiações sejam condizentes com as faltas ou os crimes praticados, emergindo, quando expungidos do sentimento de culpa, para o gozo de uma felicidade que os deslumbra, promissora de estágios de paz duradoura.



Os grupos que se reúnem por análogo fluxo de necessidades de ganhos espirituais precisam estabelecer vínculos de caráter sentimental para entendimento superior? Não bastaria a tais indivíduos reconhecerem-se uns nos outros, como se as individualidades se perdessem em atuante coletividade, ajudando-se mutuamente a progredir?



A dúvida a eivar-se das perguntas dos encarnados residiria no fato de os espíritos não se distinguirem por diferenças morfológicas, notadamente as do aparelho reprodutor, não havendo outro tipo de atração senão o que elege as semelhanças como o sinal mais evidente de que haverá compreensão e, portanto, harmonia.



Podemos pressupor que alguém mais sábio esteja a considerar a hipótese de que seres de maior amplitude espiritual, mais adiantados, mais luminosos, mais poderosos, mais capacitados, mais simpáticos, mais perfeitos, em suma, pudessem despertar o interesse de outros inferiores desejosos de serem agasalhados por quem lhes daria acesso mais fácil e generoso a círculo existencial em que seriam guiados na descoberta dos tópicos essenciais para a equiparação almejada, de acordo com valores que não se percebem senão através de impulsos intuitivos.



Então José, que não gostava de Maria, mas amava Joaquim é história absolutamente verídica e plausível, porque José pode ter sido Aurélia durante a vida na Terra e tudo se ajusta à perfeição no enredo do etéreo. Mas se não gostava de Maria e esta lhe dá aquela atenção de discípulo que almeja conquistar o mestre, irá ele depender do vigor de sua contextura psíquica para entender que a correspondência daquele amor é imperativa, porque as frustrações se alinham entre os problemas mais comuns que desarvoram as entidades menos dotadas, como ocorre, por exemplo, quando a mãe ou o pai rejeitam os filhos.



Haverá condição de acontecer o contrário, ou seja, que um espírito mais evoluído se arreganhe por encontrar resistência ou não compartilhamento de seus eufóricos sentimentos em alguma entidade de menor estatura moral, intelectual ou de outro dos itens que compõem a personalidade espiritual?



Este é dentre todos os casos o que se nos afigura mais próximo de se constituir em história da carochinha, porque não há atrativos a chamar a atenção do superior. Aí, deveríamos montar enredo de multíplice ação terrena, em episódios de encontros e desencontros, promovendo no ser mais adiantado um quê de misteriosa dependência não resolvida, como se, no fundo da consciência, constatasse um débito difícil de resgatar.



Valemo-nos desta tarde maravilhosa de psicografia para espairecer um pouco mais a inteligência dos queridos leitores, fomentando-lhes alguns aspectos de intrigante composição dentro dos círculos espirituais ao derredor do campo de força material, aquele em que estão mergulhados os encarnados. Gostaríamos de avaliar em que sentido se darão as manifestações de agrado ou de desagrado pela descoberta de que nem tudo se encontra definitivamente redigido nas obras mediúnicas ou de cunho doutrinário.



Para evitar confusões até certo ponto admissíveis em relação a muitos leitores não totalmente habituados a esta forma lúdica de apresentar os temas, somos obrigados a referendar as informações segundo as quais os seres com maiores dificuldades, aqueles que fracassam em seus objetivos reencarnatórios, os que não amam mas, ao contrário, odeiam e praticam o mal contra os semelhantes, ou seja, os meliantes, os delinqüentes, os criminosos, todos os que são potencialmente perigosos para a integridade física ou moral dos cidadãos cumpridores das obrigações cármicas, são incapazes de ultrapassar as barreiras que eles mesmos constroem com suas baterias de vibrações deletérias, esses sim debatendo-se em regiões psíquicas sem luz e sem ar. Enquanto não se dão conta dos tremendos defeitos de suas personalidades, atribuindo a si mesmos a razão de seus estados de penúria e de sofrimento, não são alcançados pela misericórdia do Senhor, nas figuras dos socorristas que se aprestam para libertá-los dos grilhões morais com que se prendem.



Nesse caso, a história fica muito diferente, porque Maria não gosta de José, que não gosta de Joaquim, que não gosta de ninguém e assim por diante, pois o fato de gostar é sempre uma abertura por onde adentram outros sentimentos, como os da compaixão, da comiseração, da piedade, do respeito, que formarão um encadear poderosíssimo para que se possam soerguer esses irmãos em estágio de tristeza e desespero, porque, nesse caso, são passíveis de percepções da realidade superior, posto que em fugidios clarões de presciência, ainda mais quando, um dia, em alguma circunstância, foram embalados carinhosamente.



São tantas as possibilidades de reuniões de seres segundo o grau evolutivo que nos fica difícil de firmar posição em algum que possa despertar maior interesse. O que podemos dizer é que Firmino, dentre todos os colegas de turma, é o mais amado e o mais admirado, porque soube conquistar nossos corações. Deus o proteja em seus vôos perceptivos da realidade superior, segundo sua visão mais acurada do ambiente etéreo!





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