Empregada doméstica 2 *
Empregada doméstica agora (de acordo com a lei) terá mais direitos. Que bom! Isso possibilitará ao empregador que lhe exija cumprir legalmente os seus deveres.
Com certeza, os dois lados ganham. Mas, com raras exceções, se lhes for adotada a contrapartida legal, muitas trabalhadoras do lar terão, no final de um mês de serviço, mais débitos do que créditos.
Basta computar todos os dispêndios que ocasionam com o seu respeitável trabalho.
Para não as prejudicar muito, vislumbro a hipótese de ter (conforme o tamanho da família) uma diarista semanal; se for muito necessário, duas ou três por semana; porém, pessoas distintas, para não caracterizar vínculo empregatício.
De tudo, ficará uma lição: país subdesenvolvido, minado de corruptos, órfão de: saúde, educação, segurança, transporte, alimentação, habitação, vestuário, higiene, ganancioso por impostos (com uma das taxas mais altas do mundo) querer assumir critérios de nações mais desenvolvidas é quase um absurdo, por que não dizer: um antissenso.
Nada contra as auxiliares domésticas (até homenageadas em meus livros), às quais empenho a maior gratidão. Em meu lar, tive algumas, sempre com carteira profissional assinada e garantidos todos os direitos trabalhistas da época, que só saíram para se casar e exercer ocupação melhor.
* Brasília, DF, 04/05/2013.
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