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Poesias-->17. É PRECISO ENTENDER -- 09/03/2003 - 07:01 (wladimir olivier) Siga o Autor Destaque este autor Envie Outros Textos


Eu ponho confiança nesta pena,

Que amor muito estimula para a rima.

Talvez não saia fácil nem amena,

Pois não se espera faça uma obra-prima,

Mas a verdade é que este bem acena

E minh’alma se alegra e reanima,

Seguindo nas pegadas de Jesus,

Que é quem mais nos conforta e nos seduz.



O entendimento desta “diversão”

Não fica fácil para quem mais sofre.

Os que versejam logo saberão

O manancial que trago no meu cofre.

Aí, hão de dizer: — “Vida de cão,

Amargurar-se assim — por Santo Onofre! —,

E ainda rir de tudo, sem malícia,

Julgando superior essa ‘delícia’.”



Esse é o destino de quem vem ao mundo,

Pois, cá na Terra, o gozo é de rigor:

Está na pele e mais lá bem no fundo,

Pois cabe à mente a sorte aqui compor.

Mas quem pensar na vida, um só segundo,

Vai ver que existe mais, seja onde for

Que der seqüência a tudo o que hoje faça,

Como é seqüência a vida que ora passa.



Discernimento, irmão, é o que requer

A trova que lhe passo nesta hora.

Se tudo o que lhe vem vem de colher,

É para que prossiga, sem demora,

A dar aos outros tudo o que puder,

Por lei universal que aqui vigora,

Que o sofrimento esconde a melhor rima,

Segundo este padrão que reanima.



Se eu preveni, é certo, para o crime,

Também devo mostrar uma saída,

Que existe sempre algo que redime

Quem não tiver ligado para a vida,

Mas não se espere ser muito sublime

A aceitação da alma arrependida:

O etéreo só faz festa para o velho

Que leu, cumpriu e amou seu Evangelho.



Aqui chegando, com seu rabo preso,

Pela malícia que empregou na Terra,

O gajo tem de despertar o vezo,

Para aplicar na idéia em que mais erra,

Porque seu protetor mantém aceso

Claro farol que a escuridão descerra,

Sabendo ler nas páginas da mente

E interpretar o coração da gente.



Não te parece certo o que te digo,

Sem compromisso algum da minha parte?

Que tal seguir um pouco mais comigo,

Sem te lembrares de acusar a arte,

Correndo, embora, o risco do castigo

Desta atitude de quem quer provar-te

Que faço versos só para dizer

Como sou lúcido no meu dever?



Caso te atires, denodado, à obra,

Não penses nunca em abafar as dores.

Alguma vez, este trabalho dobra

E não promete mais que dissabores,

Mas tudo aquilo que o dever nos cobra

Irá pagar, um dia, com amores.

Até Jesus se viu posto de lado,

Porém, no etéreo, foi glorificado.



Não perca tempo p’ra fazer o bem,

Mesmo que seja apenas de intenção,

Pois, muitas vezes, nada a gente tem,

E, nesse caso, basta uma oração,

Pois, lá no inferno, não está ninguém

A preencher a triste condição,

Quando se segue de Kardec o ensino

E, com amor, se entoa ao Pai um hino.



Não te aborreças, se estiveres mal:

A consciência, um dia, se desperta.

Esta é uma lei de cunho universal:

Quem é perfeito é que sempre acerta,

Sem exigir de um trôpego mortal

Uma outra coisa que uma mente aberta,

P’ra perceber do Pai o amor eterno,

Enquanto luta p’ra escapar do inferno.



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