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Cordel-->Usina do inconsciente -- 07/12/2003 - 10:05 (Elpídio de Toledo) Siga o Autor Destaque este autor Envie Outros Textos
Veja antes:Além de um regato








Diz-se ao facultativo
uma voz ouvir de dentro
da cabeça, sem motivo.
Pra isso não falta centro

de psiquiatria bom,
onde há sempre divã
pra decifrar qual o som
que vem em pessoa sã.

De um ou mais de um jeito
todo mundo ouve voz,
ou vozes que têm efeito,
quando se está a sós.

São meios involuntários
da mente; o pensar cicia
os assuntos ordinários,
seja dor ou alegria.

E há quem curta zumbido
de grande intensidade,
que nunca foi traduzido,
por pensar complexidade.

De vez em vez, alguém flagra
outro falando a sós,
um biruta que sufraga
palavras em alta voz.

O biruta não difere
da pessoa mais normal;
um em voz alta profere,
o outro fecha canal.

A voz comenta e julga,
compara, gosta, desgosta,
uma sentença promulga,
outra hora faz aposta.

Ela não é relevante,
pois revive o passado
recente, ou mais distante,
ou algo preocupado,

ensaiando ou bolando
situações mais à frente,
com imagens ajuntando
tudo que for saliente.

Neste caso, imagina
tudo prejudicial,
resultados como sina,
nada de bom, sempre mal.

Mesmo que a voz reflita
um evento do presente,
é tida como a fita
do passado consistente.

A voz pertence à mente
moldada pelo passado
mais remoto, ou recente,
ou que vem aculturado.

Assim, vemos e julgamos
o presente com extratos
do passado, que juntamos,
e adaptamos aos fatos.

Não é raro que as vozes,
com argumentos tenazes,
qual inimigas atrozes,
nos deixam mui incapazes.

São como torturadores:
sempre punem e atacam
cabeças sem protetores;
destas energia sacam.

Isso é grande motivo
de angústia e torpor,
de buscar facultativo
para sarar nossa dor.

Bom é saber que podemos
nos libertar do pensar,
e, assim, quando nós queremos,
de melhor vida gozar.

Dê o seu primeiro passo,
preste atenção à voz,
que age qual marca-passo,
nosso pensar mais algoz.

Seja sua testemunha,
da voz do seu pensador,
e ouça toda mumunha,
sem juízo de valor.

Seja bem imparcial!
Não julgue, nem a condene,
sinta-se presencial;
misericórdia perene.



Veja, a seguir:===>>>Mente oca


Veja mais==>>>Elpídio de Toledo

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