O homem é uma obra em construção, a qual nunca está pronta, mas cuja última pedra é sempre a morte. E isto é talvez o mais terrível e o mais difícil de aceitar. E por estar sempre em construção, o ser é inevitavelmente modificado a cada instante. O soprar de uma brisa no rosto já é o bastante para tornar-se diferente do que era há poucos instantes. Por isso a busca do passado é uma busca impossível, pois apenas se pode resgatar-lhe uma ínfima parte, como fez magistralmente Proust em Em busca do tempo perdido. E mesmo que se tente trazer de volta todos os elementos do passado, ainda sim não se é o mesmo e não só a busca estará sob o julgo do eu atual como a interpretação será sempre diferente todas vez que se tentar resgatá-lo. Aliás, nada é tão verdadeiro quanto a máxima de Heráclito: “Nenhum homem pode atravessar o mesmo rio duas vezes, porque nem o homem nem o rio são os mesmos”.
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