Para onde vais com esta pressa medonha,
— diz a sabedoria, afinal — no fim das contas
tudo leva ao mesmo ponto:
um conto que na imaginação borbulha.
Versos, velozmente, entram em compasso
Passo a passo fazem poesia
e viajam em harmonia supersônica.
Sobre o criado-mudo, um livro quer ser aberto
Por certo, espera,
às vezes mais distante,
nas grandes prateleiras da livraria.
O dia amanhece, mal desperta a criança,
a noite vem,cobre a meninice com seu véu
E a juventude escorre como água de uma fonte
Passa apenas uma vez na mesma ponte
Evapora e se junta às estrelas do céu
Assim, dezenas de dias se vão
E no fim da lida, o homem descobre que não leu
Nem escreveu sua história de vida. |