Usina de Letras
Usina de Letras
396 usuários online

Autor Titulo Nos textos

 

Artigos ( 62176 )

Cartas ( 21334)

Contos (13260)

Cordel (10449)

Cronicas (22531)

Discursos (3238)

Ensaios - (10349)

Erótico (13567)

Frases (50580)

Humor (20028)

Infantil (5424)

Infanto Juvenil (4756)

Letras de Música (5465)

Peça de Teatro (1376)

Poesias (140791)

Redação (3302)

Roteiro de Filme ou Novela (1062)

Teses / Monologos (2435)

Textos Jurídicos (1959)

Textos Religiosos/Sermões (6183)

LEGENDAS

( * )- Texto com Registro de Direito Autoral )

( ! )- Texto com Comentários

 

Nota Legal

Fale Conosco

 



Aguarde carregando ...
Poesias-->20. AMIZADE ENTRE OS PLANOS -- 12/03/2003 - 08:11 (wladimir olivier) Siga o Autor Destaque este autor Envie Outros Textos


Quem não tem compromisso com a lida

E resiste ao chamado do futuro

Não aprende a lição que é requerida,

Não traz de volta o coração mais puro,

Depois lamenta que perdeu a vida,

Mas há de reencarnar, então, eu juro,

Com muito mais trabalho pela frente,

Porque a luta lhe foi indiferente.



Alegra-te se alguém te cause dor,

Que a chave do mistério está em ti.

Estejas magoado o quanto for,

Não hás de castigar, estando aqui,

Lidando para um verso bom compor,

Dizendo ao companheiro: — “Eu mui senti

Que tu não tenhas tido o meu afeto,

Pois ao cruzar por ti, eu segui reto...”



Um dia após o outro nos ensina

Que a vida continua deste lado.

Aí, faz muita falta a sã doutrina,

O que nos deixará mui preocupado,

Querendo reaver a serpentina

Que jogamos na vida, de bom grado,

Nas festas em que teve mais valor

A hora do prazer e não da dor.



Pretendo não ser “chato” na escansão:

O tema que me coube é que é perverso.

Como fazer sentir ao caro irmão

Que o progresso na vida é incontroverso,

Se sempre disser “sim” e nunca “não”

A quem lhe pede amor, num simples verso?!...

Assim é que Jesus nos ilumina

E explica o bom Kardec, na doutrina.



Atinge o teu limite, nesta esfera,

Fazendo, com amor, a obrigação.

Jesus, lá no mais alto, nos espera.

Sabendo os nossos méritos quais são.

Se a ti esta virtude é só quimera,

Delírios de uma noite de verão,

Resmunga mas não deixes p’ra depois,

Que é bem pior sofrer, no abismo, a dois.



Quisera espairecer só um pouquinho

Do triste relembrar das coisas feias.

Eu sei que este meu verso é vil, mesquinho,

Pois venho revelar falhas alheias.

Enquanto tenho n’alma rude espinho,

Acuso, quando tu nem titubeias.

Assim me compenetro da verdade,

Embora deste verso eu não me agrade.



Eu sei que vais mostrar quão imperfeito

É este que te traz tanta incerteza.

O que posso dizer senão que aceito

O que tento passar junto a esta mesa?!

O que vale p’ra mim pode dar jeito

Nos males que a consciência da esperteza

Revela ao meu irmão, na pobre rima.

Assim meu coração se reanima.



Serviço aqui prestado rende juro:

Amor com mais amor sempre se paga.

Eu vou sair da mesa bem seguro

De ter posto remédio nessa chaga,

Ainda que resmungues: — “Mal te aturo,

Porque me vens curar, lançando praga.”

É que meu compromisso cumpro à risca:

Aqui também petisca quem arrisca.



Mas, para cá chegar, passei apuros,

Que os sofrimentos causam desacertos.

Se os versos não se mostram muito puros,

É que me atrapalhei em tais apertos.

Um bom repórter vive pelos “furos”.;

Esta poesia teve alguns enxertos.

Se a tua vida resultar em nada,

Os teus limões não deram limonada.



Tentei, em vão, deixar algo engraçado,

P’ra desfazer toda a impressão da dor.

Jamais pensei aqui tornar-me grado:

Simplicidade é norma do compor.

Mas não te ponhas nunca ali de lado:

Faze por mim um verso de louvor

À criação deste Universo lindo,

Agradecendo o amor de Deus infindo.



Meu escrevente pede mais um verso,

Daqueles do repente e do improviso.

Dou tento de fazer e desconverso,

Mas ele está imerso em paraíso

De rimas e compassos, com que terço

As armas com que firo, a meu juízo,

O tema da amizade entre dois planos,

Pois nós somos espíritos “humanos”.



Errar um verso só já não me importa:

A estrofe é que não quero ver perdida.

O rompimento dessa veia aorta

Faz esvair do gajo a cara vida.

A rima, como uma galinha morta,

Há de mostrar ao povo a tal medida.

Ó Deus, o tempo inútil bem comprova

Que mereço sofrer tamanha sova.



Comentarios
O que você achou deste texto?     Nome:     Mail:    
Comente: 
Renove sua assinatura para ver os contadores de acesso - Clique Aqui