No dia dedicado à poesia
Estou carente de inspiraçâo.
Das vastidões deste Planalto
Agora tão povoadas,
Vejo claramente
O sol faíscante batendo no verde dos gramados
E trazendo na sua luz irradiante
Promessas quentes para o amanhã.
Na catedral, mãos postas a rezar,
Os anjos dependurados,
não sabem se descem ou se sobem,
mergulhados nos dramas
que sacodem esta nação...
Ameaças de guerra turvam o espaço
e ficam impregnadas na alma dos homens...
Tem mais um imperador brincando de Deus
No hemisfério Norte...
Isto é antipoesia, eu bem sei,
Mas não tenho a menor culpa
Pois a realidade pede passagem rugindo
E ai de quem tentsar deter a sua marcha.
No dia da poesia, infelizmente,
Eu não tenha versos bonitos a oferecer...
Deus salve a poesia! |