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Ensaios-->A Saga da Família Cruz -- 28/09/2015 - 09:34 (Adrião Neto) Siga o Autor Destaque este autor Envie Outros Textos


A SAGA DA FAMÍLIA CRUZ


Adrião Neto


Em estilo sóbrio, direto, claro e objetivo, demonstrando estrema facilidade de escrever, o contista e romancista Décio Adams brinca com as palavras. Suas ideias, bem concatenadas, fluem naturalmente. Suas obras escritas com leveza e suavidade prendem a atenção do leitor do começa ao fim.

Em mais de mil páginas, distribuídas em três volumes, o criativo professor e escritor Décio Adams, gaúcho da região missioneira, radicado em Curitiba, no auge de sua maturidade intelectual, usando uma linguagem coloquial, de fácil compreensão para todos os níveis de leitores, retrata com maestria, a saga da família Cruz.

Trata-se de um vigoroso romance urbano de cunho sociológico, envolvendo mais de três gerações de uma família sulina, digna da admiração e dos aplausos de todos os brasileiros.

A história ambientada quase que exclusivamente em solo gaúcho, principalmente na cidade de Passo Fundo, também tem como um dos seus principais cenários os campos de batalhas da Itália, onde durante a segunda guerra mundial, Fernando – um dos mais corajosos e destemidos pilotos da Força Expedicionária Brasileira, transforma-se em herói e num dos principais motivos de orgulho da família.

A longa jornada desse clã exemplar, pontilhada por percalços, conquistas e vitórias, inicia-se com o casamento de Zulmira com Carlos e o nascimento do pequeno Juvenal.

A trajetória de sucesso dessa família tinha tudo para dar errado. Antes do matrimônio, a jovem Zulmira (órfã de pai e mãe), fora estuprada por um peão de fazenda, “camarada” da tia, que a abrigava em sua residência. Após o casamento o estuprador continuou a persegui-la, forçando o casal a ir embora para Passo Fundo, onde, em companhia do filho, passou a viver feliz até o fatídico dia em que Carlos foi assassinado por seu desafeto, deixando a pobre viúva e o pequeno órfão na rua da amargura, a comer o pão que o diabo amassou.

Abalado com a rasteira do destino, o pequeno Juvenal começa a traçar a sua linha do tempo a partir do ponto zero. Aos seis anos inicia a carreira profissional como engraxate. Aos nove toma outro tombo da vida ao perder a mãe, vitimada por tuberculose. Pobre e totalmente desamparado, foi adotado por “seu” João, um barbeiro de coração bondoso. Ajudado por seu tutor, passa de engraxate a barbeiro e, posteriormente a sócio da barbearia.

Estabilizado financeiramente constitui família passando a viver feliz com a esposa e os filhos.

Graças à perspicácia e ao tino comercial de Geraldo – seu primogênito, com exceção de Fernando, que enveredou pela carreira militar, todos os demais filhos e filhas dedicaram-se à atividade privada, passando de vendedores a empresários de sucesso.

No desenrolar da obra, elaborada com o domínio total da técnica de escrever, juntando os ingredientes integrantes do panorama político, social e econômico brasileiro da época compreendida no corte cronológico do pós-guerra do Paraguai ao final da década de noventa, o autor expõe a condição humana, a miséria, o sofrimento, o valor do estudo e do trabalho como a chave do sucesso de uma família pobre e sem nenhuma expectativa de progresso, que, como muito esforço, garra, determinação e força de vontade, consegue ascender no meio econômico, cultural e social do Rio Grande do Sul.

A saga da família Cruz é um romance de peso, digno de ocupar um lugar de destaque na galeria das melhores obras do gênero. O mesmo podemos afirmar em relação ao seu livro de contos: Contando um conto e aumentando um ponto..., no qual narra episódios hilariantes envolvendo alguns membros das primeiras gerações dos imigrantes italianos, alemães e poloneses, ocorridos em território gaúcho.

 




Adrião Neto – Dicionarista Biográfico, historiador, poeta e romancista. Autor de várias obras e da ideia da inclusão da data histórica da Batalha do Jenipapo (13 de março de 1823) na Bandeira do Piauí (Lei nº 5.507, de 17/11/2005, de iniciativa do deputado Homero Castelo Branco).
 


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