A tarde morre e triste a noite se avizinha...
De novo estou só e na minh!alma se aninha,
a saudade imensa de teu rosto lindo, de teu corpo esguio...
Busco escrever o que pediste.
Tento fugir do estilo pessimista e triste,
mas meu peito só reflete d!alma intenso frio !
Olho o relógio que avança caprichosamente,
insensível, em compasso lento, cadenciadamente
a consumir, impiedoso, os sonhos da vida...
E meu pensamento retorna ao momento,
em que o destino me colheu em tormento,
a te olhar como velha conhecida!
Quiseste sempre ter meus versos. São teus.
Pois se deles és a Musa, como dizer que são meus?
Em todos, porém, te digo: - Ficou meu coração...
-São lindos, por certo dirás com nostalgia,
sem saber que entre tanta poesia,
és a única que eu queria ter na mão !
Nelson de Medeiros Teixeira |