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Poesias-->39. PARA O MÉDIUM E FAMÍLIA -- 31/03/2003 - 07:07 (wladimir olivier) Siga o Autor Destaque este autor Envie Outros Textos


Não tenho como te deixar contente,

Que a rima que hoje trago é muito feia.

Mas vou levando a trova para a frente,

Que, ao menos, meu irmão não titubeia

E escreve, no papel, serenamente,

Levando, para o verso, uma hora e meia,

Que é quanto agüenta o espírito encarnado

Permanecer de transe neste estado.



Eu devo aproveitar-me desta hora,

Para mostrar ao povo a sã doutrina,

Porém, se a minha rima não melhora,

A idéia há de ficar bem pequenina.

Assim, faço menção de ir-me embora,

Para livrar-me desta rude sina,

E me arrependo, ao ver que mais sofrida

Está do meu irmão a triste vida.



Descabelar-me, então, por este verso

É coisa de somenos, parvoíce.

Ficar sem dizer nada é que é perverso,

Mas eu pensei que nada conseguisse,

Então me pus no bom trabalho imerso,

P’ra não lembrar depois: — “Eu bem que disse...”

E agora aqui demonstro o resultado,

Que me causou surpresa e até agrado.



Eu recomendo, pois, ao bom amigo

P’ra que não percas tempo nessa vida.

De que te adianta olhar p’ro teu umbigo,

Se é triste o que acontece a quem duvida?!...

Se julgas que vais mal, ao ir comigo,

Enfrenta, com denodo, a dura lida

E põe no teu “curriculum” a prova

De que o trabalhador o amor renova.



Eu disse que o trabalho o mal redime.;

Alguém pode dizer que o verso empolga.

Assim, o versejar é bem sublime,

Que ocupa o nosso tempo e nos dá folga.

Mas, quando o verso é mau, é puro crime:

É nele que noss’alma mais se amolga.

Por isso é que o perigo é mui constante:

Vamos amar ao Pai, que o amor garante.



Não quero que este verso seja causa

De sofrimento extremo ao bom leitor,

Que aproveitou da lida simples pausa,

Para saber o que te vim propor.

Não são suores, como em menopausa,

Por transtornar-te a vida exterior:

É a regra mais antiga de Jesus:

A de levar com calma a triste cruz.



Foi esse o ensino que deixou o povo

Impressionado, com a forte luz.

Se repetisse a vida aí, de novo,

Iria ver que a lei ninguém seduz.

Mas, ao morrer na cruz, eu me comovo

E ponho no meu verso, pois reduz,

Tremendamente, a rima que não rende,

Porque, ao falar do Cristo, a gente entende.



Engatinhei no verso e estou de pé:

Espero dar uns passos para frente.

Eu sei que vão pensar em marcha à ré,

Porque não há cristão que a trova agüente,

Porém, não vou perder a minha fé,

Que eu sei que há uma pessoa resistente,

Capaz de me aplaudir, e sem injúria:

A esposa deste amigo, a Dona Núria.



Não pude resistir a esse chamego,

Que a moça tem por nós muito respeito.

Porém, não vou privá-la do sossego,

Fazendo um verso, tolo, mau, suspeito.

Preciso dar ao tempo bom emprego,

Assim, retomo a rima em que receito

Amor ao semelhante no trabalho,

Conforme eu vejo a moça em seu borralho.



Eu avisei que a rima vinha pobre,

Mas, mesmo assim, te dei o meu recado.

Espero que o Senhor jamais me cobre,

Por transmitir um falso desagrado,

Pois, antes de faltar, melhor que sobre,

Assim, cobri de luz, Jesus amado,

A todos que me lerem, na esperança,

De que a felicidade aqui se alcança!



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