Eu vejo bem que o mundo condena
tanto amor... Razão da própria vida...
E do crime eu bem conheço a pena
que cobra a lei... Eterna e fingida...
Mas o que eu busco é a ventura plena,
que o teu olhar, falando me convida,
o que eu quero é a placidez serena,
de tu!alma no corpo refletida!
que me estraçalhem d!alma as entranhas
os pérfidos pelos vís caminhos,
onde a inveja campeia a largos passos...
Façamos como as águias nas montanhas,
que indiferentes erguem seus ninhos,
e lá se amam sem deixarem traços !
Nelson de Medeiros Teixeira |