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Artigos-->Frágeis habitações -- 24/04/2014 - 12:20 (Armando A. C. Garcia) Siga o Autor Destaque este autor Envie Outros Textos
Número do Registro de Direito Autoral:143768998688889400
Frágeis habitações



De pedaços de madeira, as frágeis habitações

Numa massa irregular de pequenas dimensões

E nas nebulosas vielas sem arruamentos

Apinha-se o ser humano, em busca de aposentos



No local alastra-se um lençol de lama e barro

Entre um casebre e outro, não passa um carro

Triste cidade ! Mundo de favelas irregulares

Para o que busca novos horizontes, agregares !



Assim vivem, qual tribo de nômades andantes

Na dimensão do nada, caminham flutuantes

Na correnteza infausta do infortúnio e medo

Os sonhos tão distantes, da alma são segredo



No mórbido ambiente, o denso ar prolixo

Tem cheiro nauseabundo ascoso e fixo

Tudo ali é esquálido, sórdido, desalinhado

Na sujeição submissa ao porte do coitado



Toda a fiação elétrica, sofre *gatos após gatos

Nas pútridas águas a céu aberto, proliferam ratos

De todas imundícies, dos excrementos fecais

Restos de comida, barro e argila dos aluviais



À noite, no escuro, o silêncio é tenebroso

A soturnidade cheia de mistério escabroso

Paira nas sombras dos becos sujos, imundos

Na calada da noite, gritos de alerta profundos



As frágeis habitações de pedaços de madeira

Inesperadamente viraram enorme fogueira

Em questão de minutos foi dizimada a favela

Uns dizem curto circuito, outros luz de vela



A degeneração da política pública

Não atende o miserável, não ouve a súplica

Tendo levado ao caos inúmeras famílias

Ao inverso das faustosas mansões de Brasília



Assim, o hipossuficiente denegrido à sorte

Busca outro local no absurdo de sofrer

Cata umas madeiras para edificar seu barraco

A matéria vacila, mas o espírito não é fraco



A desigualdade leva a desagregação

Ao social panorama trágico da nação

Tomou conta a violenta criminalidade

Numa espiral de violência sem igual !



Num clima de guerra vive hoje o cidadão

Sai de casa para trabalhar, ganhar o pão

Mas não sabe se volta vivo, eis a questão

Porque a violência, impera no seio da nação !



São Paulo, 24/04/2014 (data da criação)

Armando A. C. Garcia

*desvio de energia; furto

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