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Cordel-->GRANDE SHOW NATALINO DE REPENTE -- 29/12/2003 - 19:06 (José de Sousa Dantas) Siga o Autor Destaque este autor Envie Outros Textos
GRANDE SHOW NATALINO DE REPENTE
João Pessoa - PB, em 14/12/2003 (domingo)

TEMAS DESENVOLVIDOS PELOS REPENTISTAS

·TRIBUTO A LUIZ GONZAGA
·QUEM MALTRATA UMA CRIANÇA MERECE SER CASTIGADO
·QUANDO CHEGA O INVERNO DEUS COLOCA MAIS FARTURA NA MESA DO ROCEIRO
·TODA DISTÂNCIA É PEQUENA PRA SE ESCUTAR CANTORIA
·TENHA AMOR, QUEIRA BEM E VIVA AUSENTE, PRA SABER QUANTO DÓI UMA SAUDADE
·O AMOR E A SAUDADE SÃO IRMÃOS POR NATUREZA
·O NATAL
·NAS CURVAS DO CORPO DELA CAPOTEI MEU CORAÇÃO
·CANTANDO GALOPE NA BEIRA DO MAR

SEVERINO NUNES FEITOSA
Mais um ano termina, o tempo avança,
Em dezembro teremos novamente,
Um encontro de paz e esperança,
De louvor ao PAI ONIPOTENTE,
E os poetas darão com segurança.
GRANDE SHOW NATALINO DE REPENTE

TRIBUTO A LUIZ GONZAGA
Valdir Teles (VT) e Raimundo Caetano (RC)

VT
Ontem foi o dia 13,
o dia de GONZAGÃO,
mesmo sem Gonzaga vivo,
foi a comemoração,
dos 91 janeiros
de Luiz, Rei do baião.

VT
O Rei da eternidade,
o baião perdeu a paz,
a Asa Branca sumiu
nos desertos carrascais,
e a voz do Assum Preto
ninguém ouviu nunca mais.

RC
O BRASIL ficou em paz,
mas perdeu esse produto,
depois que o Rei viajou,
sem deixar substituto,
as asas da Asa Branca
tão todas cheias de luto.

VT
O sertão ficou de luto
depois que o Rei morreu,
e a conta do dinheiro,
UM PRA TU E DOIS PRA EU,
nunca mais a gente ouviu
depois que ele faleceu.

RC
O fã eterno sou eu,
de Luiz, Rei do Baião,
enquanto existir nordeste,
o Brasil e o sertão
haverá uma saudade
plantada em meu coração.

VT
Depois que o Rei do Baião,
cruzou pra outra fronteira
nunca mais vi uma égua
formosa, forte e baixeira,
atravessar cruzando o lago
com SAMARICA PARTEIRA.

RC
Muita história verdadeira
no nordeste brasileiro,
eu quisera novamente
escutar o sanfoneiro,
BAIÃO de DOIS e XAMEGO
ASA BRANCA e JUAZEIRO.

VT
Não se ouve JUAZEIRO,
naquele sou atrativo,
mas nós vamos festejar
mesmo o Rei estando cativo,
que o Rei do Baião morreu,
mas o Baião está vivo.

RC
Triste e apreensivo,
a saudade se renova,
vez em quando ligo o rádio,
pra escutar Cacimba Nova,
a Coroa está na terra,
mas o Rei está na cova.

VT
Ele hoje está na cova,
deixou seus baiões primeiros,
ele está no paraíso,
junto a outros sanfoneiros,
mas os baiões são ouvidos
por todos os brasileiros.

RC
Quem brincou pelos terreiros,
quem quis seguir Virgulino,
quem divertiu os forrós,
hoje está com o Divino,
perto de dois companheiros,
PATATIVA e MARCOLINO.

VT
Foi nosso Rei nordestino,
que a morte ingrata levou,
e o parque de Asa Branca
veio o Estado e tombou,
preservando os objetos
que o Rei do Baião deixou.

RC
Todo o nordeste chorou,
mas a maior dor foi minha,
porque fiquei sem o gênio
mesmo o Pai de Gonzaguinha,
tinha defeito na vista,
porém nas músicas não tinha.

VT
Quando o caixão dele vinha,
pra o nordeste brasileiro,
quando o avião pousou,
numa pista em Juazeiro,
EU CHOREI VENDO O BRASIL
FICAR SEM SEU SANFONEIRO.

RC
O meu terno sanfoneiro,
a história não termina,
enquanto houver Assum Preto
e o som de Cintura Fina,
enquanto houver São João
na pirâmide de Campina.

VT
Foi a música nordestina
que abriu esse caminho
e o seu filho Gonzaguinha,
morreu pra ficar pertinho,
porque não queria estar
aqui na terra sozinho.

RC
O Rei que teve carinho
por esposa e senhorita,
Odaléia e Dona Helena
e o amor de Delsuíta,
que o seu rosto era feio,
mas a voz era bonita.

VT
Namorava Delsuíta,
vivia num mar de pluma,
Helena foi a primeira,
só que ninguém se acostuma,
o dono das três mulheres
partiu sem levar nenhuma.

RC
Quem cantou músicas de ruma
e fez serestas na calçada,
hoje no parque Asa Branca
tem um luto na fachada,
de um Rei que fez de tudo
e partiu da terra sem nada.

VT
Hoje a carne é sepultada,
e o retrato na capela,
e aquela SANFONA BRANCA,
que o Rei tocava nela,
tem a marca dos seus dedos
em todo teclado dela.

RC
Meu Deus uma voz tão bela,
que hoje não apregoa,
eu nem sei se Asa Branca
de saudade ainda voa,
e não tem ninguém merecendo
ficar com sua coroa.

VT
Falou do carão que voa,
falou do peixe que nada,
do vaqueiro e do gibão
e do tropeiro na estrada,
quem falou de tudo isso
saiu da terra sem nada.

RC
Uma voz tão afinada,
que encantou todo o País,
cresceu porque deus deixou,
e só morreu porque Deus quis,
E OS ANJOS ESTÃO SORRINDO
OUVINDO A VOZ DE LUIZ.

VT
Foi na terra Rei Luiz,
o nosso rei nordestino,
cansou de viver na terra,
foi pra o céu do Pai Divino
foi abraçar JOSÉ DANTAS
HUMBERTO e ZÉ MARCOLINO.

RC
Ele cantou por destino,
de velhice e mocidade,
por uma linha invisível,
há um cordão de saudade,
nosso ídolo do forró
está na eternidade.

VT
Viveu cantando saudade,
seu valor evoluiu,
seu corpo caiu por terra,
mas seu nome não caiu,
decorou TRISTE PARTIDA,
cantou pra o povo e partiu.

RC
Ele que evoluiu,
cantou música nas andanças,
está na imagem dos velhos,
na emoção das crianças,
eternizou-se uma imagem
dentro das nossas lembranças.

VT
Está nas nossas lembranças,
mesmo assim não me promovo,
o Baião é bom demais,
sendo assunto velho ou novo,
a música ainda ecoa,
mexe o juízo do povo.

QUEM MALTRATA UMA CRIANÇA MERECE SER CASTIGADO
Valdir Teles (VT) e Raimundo Caetano (RC

RC
Criança que nunca erra,
se erra a gente perdoa,
qualquer hora ela é boa,
nem enguiça, nem emperra,
criança em cima da terra
parece anjo sagrado,
o antônimo de pecado
e o reino da esperança.
Quem maltrata uma criança
merece ser castigado.

VT
Criança é figura bela,
pura do jeito da santa,
quando ri ou quando canta,
Jesus está perto dela,
se a pessoa bater nela,
deixa o mundo revoltado,
Deus multiplica o pecado,
já qu’ela não quer vingança.
Quem maltrata uma criança
merece ser castigado.

RC
A mãe cumpre o seu destino
de cuidar e botar brilho,
de dar consolo ao filho,
quando ainda é pequenino,
se está doente o menino,
tenta com todo cuidado,
e quando ele está enfadado,
bota na rede e balança.
Quem maltrata uma criança
merece ser castigado.

RC
Criança é imagem do bem
fotocópia do divino,
que Jesus nasceu menino
na cidade de Belém,
entrou em Jerusalém,
pelas crianças cercado,
mesmo num jeque montado,
falou com a voz bem mansa.
Quem maltrata uma criança
merece ser castigado.

VT
É uma figura inocente,
um seguidor de Jesus,
não me arredo dessa cruz,
para deixá-la contente,
se eu tiver um pão somente,
vendo o menor desprezado,
digo, coma esse bocado,
feliz, ele enche a pança.
Quem maltrata uma criança
merece ser castigado.

VT
A figura mais sagrada
dentro de um ambiente,
que Jesus está à frente
da criancinha mimada,
se a mãe estiver revoltada,
se o pai estiver zangado,
com a criança de lado,
num instante o casal amansa.
Quem maltrata uma criança
merece ser castigado.

VT
Eu tenho na casa minha,
uma garota pequena,
é alegre e me acena,
não tem postura mesquinha,
minha mulher é rainha,
ela o anjo consagrado,
hoje estou velho e cansado,
mas tenho toda a bonança.
Quem maltrata uma criança
merece ser castigado.

RC
A criança do meu lar
todo dia eu quero vê-la,
como um reflexo de estrela,
como brilho do luar,
quero ver o seu olhar,
que esteja sempre a meu lado,
e o seu corpo é perfumado,
como uma flor da ervança.
Quem maltrata uma criança
merece ser castigado.

QUANDO CHEGA O INVERNO DEUS COLOCA
MAIS FARTURA NA MESA DO ROCEIRO
Valdir Teles (VT) e Raimundo Caetano (RC)

VT
Com a nuvem formando o torreão,
quando o mês de janeiro está chegando,
e o relâmpago que passa faiscando
anuncia a chegada do trovão,
com dois meses de inverno no sertão,
o campônio procura no chiqueiro
a galinha, peru, bode e carneiro,
traz farinha do saco e faz paçoca.
Quando chega o inverno DEUS coloca
mais fartura na mesa do roceiro.

RC
Quando a chuva despenca vem com frio,
toda a terra amolece a capa dura,
e o sertão fica cheio de fartura,
quando antes da chuva, era vazio,
o rebanho se atola no baixio,
tem mutuca por todo tabuleiro
se escuta uma voz do lagarteiro,
que na seca eu não sei onde se soca.
Quando chega o inverno DEUS coloca
mais fartura na mesa do roceiro.

VT
A matuta faz fogo de graveto,
serve o leite que tem no caldeirão,
faz angu, mugunzá e rubacão,
e assa espiga de milho no espeto,
ouve o sapo cantando o seu soneto,
satisfeito na beira do barreiro,
sem zabumba, triângulo e nem pandeiro,
o compasso da música é DEUS que toca.
Quando chega o inverno DEUS coloca
mais fartura na mesa do roceiro.

RC
O inverno em janeiro que começa,
o sertão fica todo diferente,
todo rio coloca uma enchente,
que de braços ninguém o atravessa;
nem precisa fazer uma promessa,
pra ele ir de joelho a Juazeiro,
pois o céu não quer santo de romeiro,
porque DEUS nunca fez nada por troca.
Quando chega o inverno DEUS coloca
mais fartura na mesa do roceiro.

VT
Assombrado na música do trovão,
um cachorro se assusta e sai correndo,
são as nuvens do céu que estão vertendo,
chega a água lavando o nosso chão,
um matuto pinota do colchão,
vai olhando no campo o aguaceiro,
diz ao filho mais velho, vá ligeiro
buscar o jerimum da nossa broca.
Quando chega o inverno DEUS coloca
mais fartura na mesa do roceiro.

RC
No sertão quando o chão está molhado,
elimina a miséria quebradeira,
quem dormia com fome a noite inteira
vai dormir com o bucho empanzinado,
no almoço é feijão, carne de gado,
no jantar, é buchada de carneiro,
e o café de amanhã é o primeiro
com um bolo de milho ou mandioca.
Quando chega o inverno DEUS coloca
mais fartura na mesa do roceiro.

VT
Uma rosa perfuma em cada galho,
uma enchente descendo pelo rio,
muitos sapos brincando no baixio
e um boi manso que vai no cabeçalho,
no caminho ele vai caçando atalho,
vai pisando no chão firme e ligeiro,
bem tranqüilo na frente do carreiro,
com o rabo espantando muriçoca.
Quando chega o inverno DEUS coloca
mais fartura na mesa do roceiro.

RC
No sertão quando a terra está molhada,
a beleza, a fartura se destaca,
sertanejo arrasta a sua faca,
tira a lama da folha da enxada,
ele avista uma água amarelada,
no riacho, no rio, no barreiro,
miunceira espalhada no terreiro,
se infiltrando e saindo da maloca.
Quando chega o inverno DEUS coloca
mais fartura na mesa do roceiro.

VT
Pra o roceiro é a época de alegria,
quando a chuva aparece no nordeste,
o vaqueiro igualmente um faroeste,
pelo campo e curral da vacaria,
quando o sol vem trazendo o novo dia,
no nascente formando o nevoeiro,
vê-se o galo descendo do poleiro
e a galinha no ninho, cisca e choca.
Quando chega o inverno DEUS coloca
mais fartura na mesa do roceiro.

TODA DISTÂNCIA É PEQUENA PRA SE ESCUTAR CANTORIA
Zé Cardoso (ZC) e Ivanildo Vila Nova (IV)

IV
Eu vou suar a camisa
pelo nosso interior,
pra escutar cantador,
que pensa, sente, analisa,
toca, canta, realiza,
num instante uma poesia,
eu sinto aquela magia,
como festa da novena.
Toda distância é pequena
pra se escutar cantoria.

ZC
Eu vi na televisão
e me aprontei num segundo,
depois disse a todo mundo,
que ia escutar baião,
poeta cantar canção,
o coqueiro da Bahia,
poemas com melodia,
de caboclo e da morena.
Toda distância é pequena
pra se escutar cantoria.

TENHA AMOR, QUEIRA BEM E VIVA AUSENTE,
PRA SABER QUANTO DÓI UMA SAUDADE
Zé Cardoso (ZC) e Ivanildo Vila Nova (IV)

IV
Pra quem gosta a saudade é mais que drama,
é a dança cruel e agressiva,
que saudade não é uma missiva,
nem bilhete, nem carta e telegrama,
não se volta o período de quem ama,
da segunda ou da terceira idade,
o que vale é ter continuidade,
e o calor é que mais atrai a gente.
Tenha amor, queira bem e viva ausente,
pra saber quanto dói uma saudade.

ZC
A saudade também é homicida,
que não poupa o desejo de ninguém,
bate forte na hora que ela vem,
não me beija na hora da partida,
no meu peito ela abriu uma ferida,
mas ninguém cura essa enfermidade,
a tristeza agoniza e me invade,
dói demais do que íngua e dor de dente.
Tenha amor, queira bem e viva ausente,
pra saber quanto dói uma saudade.

IV
Um abraço se teve em abundância,
como é bom para cantador ou monge,
se quer ver como é ruim, vá para longe,
para ter da saudade a ressonância,
que amor não se nutre com distância,
é difícil se ter a intimidade,
que ausência não vale a metade,
que amor só se faz pelo presente.
Tenha amor, queira bem e viva ausente,
pra saber quanto dói uma saudade.

ZC
Eu pensava que amor era ilusão,
pesquisar eu procuro mas não vejo,
que eu provei do pecado e do seu beijo,
eu vivia pegado em sua mão,
o meu pai já sofreu de solidão,
meu irmão já sofreu na mocidade,
meu avô com oitenta de idade,
foi amar, hoje em dia está doente.
Tenha amor, queira bem e viva ausente,
pra saber quanto dói uma saudade.

IV
A saudade é a nossa companhia,
ninguém diz se é viúva ou se é virgem,
ninguém sabe qual é a sua origem,
nem a árvore da genealogia,
o seu mundo, a sua biografia,
seu país, o estado e a cidade,
se é feia, bonita ou divindade,
se é triste, sisuda ou é contente.
Tenha amor, queira bem e viva ausente,
pra saber quanto dói uma saudade.

O AMOR E A SAUDADE SÃO IRMÃOS POR NATUREZA
Zé Cardoso (ZC) e Ivanildo Vila Nova (IV)

ZC
Comparando a união,
veja a coisa como é,
a perna é ligada ao pé
e abraço é ligado à mão,
a massa, ligada ao pão,
refeição ligado à mesa,
já o esplendor à beleza,
o amor à amizade.
O amor e a saudade
são irmãos por natureza.

ZC
No roçado em que vivia
me senti muito liberto,
do amor não ia perto,
saudade eu não conhecia,
do amor eu não sabia,
mas surgiu essa surpresa,
me embarquei nessa moleza,
me prendi nesta irmandade.
O amor e a saudade
são irmãos por natureza.

IV
Saudade é pra quem se ausenta,
da palma do amor que manda,
eu só sei que a dupla anda
em pisada muito lenta,
provém da mesma placenta,
da mesma mãe indefesa,
valendo a mesma moleza
cada qual pesa a metade.
O amor e a saudade
são irmãos por natureza.

O NATAL
Zé Cardoso (ZC) e Raimundo Caetano (RC)

ZC
Ouvi o povo dizendo
que a cantoria foi boa
e antes de voltar pra casa,
pra os filhos e minha patroa,
dizer um FELIZ NATAL,
pra o povo de João Pessoa.

RC
Eu peço a cada pessoa,
que seja bem natural,
que obedeça ao Salvador,
tente não fazer mal,
TEM GENTE QUE SE PROGRAMA
PRA SÓ PRESTAR NO NATAL.

ZC
Já está perto do NATAL,
a festa se inicia,
são tantos preparativos,
e eu vou guardar o dia,
pra comemorar a volta
do Menino de Maria.

RC
Que acabe a demagogia
de fazer festa fingida,
pois essa falsa irmandade,
a gente vendo duvida,
e a meu ver o NATAL
tem que durar toda vida.

ZC
Que esta festa colorida
com tantas luzes e vela,
com entrega de presentes,
e abraço na parentela,
Papai Noel não engane
à criança da favela.

RC
A vida fica mais bela,
todos pregando a verdade,
em vez da exaltação,
todos com sinceridade,
abrindo seus corações,
de paz e fraternidade.

NAS CURVAS DO CORPO DELA CAPOTEI MEU CORAÇÃO
Zé Cardoso (ZC) e Valdir Teles (VT)

VT
Eu rapaz, ela donzela,
todos dois apaixonados,
tive momentos sagrados,
lembrando a beleza dela,
ela vinha na banguela,
eu ia na contra-mão,
cometi uma infração,
terminei colado nela.
Nas curvas do corpo dela
capotei meu coração.

ZC
A gente no camarim,
ela cheia de ternura,
peguei na sua cintura,
lhe beijei, não achou ruim,
ela disse para mim,
ligue essa televisão,
eu peguei na sua mão,
pra ver se acendia a vela.
Nas curvas do corpo dela
capotei meu coração.

VT
Eu louco por seu amor,
certo dia fui atrás,
lá na casa dos seus pais,
pra beijar a sua flor,
pra sentir o seu calor,
fui deitar no seu colchão,
aí chegou seu irmão,
eu saí pela janela.
Nas curvas do corpo dela
capotei meu coração.

ZC
Lhe achei interessante,
depois de muito desejo,
lhe abracei, cobri de beijo,
sem ela ficar gestante,
mas depois por um instante,
fizemos a união,
melhorou a relação,
inda hoje estou com ela.
Nas curvas do corpo dela
capotei meu coração.

VT
Fui roubar aquela flor,
o pai dela não queria,
parei na delegacia,
enfrentei aquele horror,
eu disse pra o promotor,
doutor não me prenda não !
Olha, eu nunca fui ladrão,
tudo o que roubei foi ela.
Nas curvas do corpo dela
capotei meu coração.

ZC
Com ela estava agarrado,
fazendo o que eu mais queria,
findei na delegacia,
pra casar, fui intimado,
nessa hora o delegado,
me disse qual a razão,
falei para o capitão
bote os dois na mesma cela.
Nas curvas do corpo dela
capotei meu coração.

CANTANDO GALOPE NA BEIRA DO MAR
Valdir Teles

Platéia querida, meu muito obrigado,
vou pra minha terra, que eu sou sertanejo,
vou comer coalhada, rapadura e queijo,
porque fui criado no cheiro do gado;
eu fui um matuto, cresci no roçado,
mas depois de idade, comecei cantar,
mas é pro sertão, que eu quero voltar,
fique com Jesus, com Nossa Senhora,
vocês são daqui, mas eu sou de fora.
CANTANDO GALOPE NA BEIRA DO MAR.

Eu canto cidade emocionado,
o papai amado e mamãe querida,
do lugar que eu tive início de vida,
porque eu preciso do berço sagrado,
por isso eu regresso para meu Estado
deixo João Pessoa, divino lugar,
mas vou me lembrando da terra sem par,
a Ponta do Seixas, que tem um cruzeiro,
sabemos que o sol lá brilha primeiro,
CANTANDO GALOPE NA BEIRA DO MAR.
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