Ah, poeta de rosas brancas vestido!
As magras mãos cruzadas ao peito...
Será que por Deus foste eleito
Para virar estrela e não ser esquecido?
Vagaste por infernais caminhos, enlouquecido,
Sem rumo, sem saber o torto ou o direito,
Buscando na fina poeira o sonho perfeito,
Letal coroa de metal indefinido...
Partiste para nova vida, novo caminho,
Trajado de branco que não é pó, é linho,
Sem a aparência de homem cansado...
No rosto, leve sorriso de quem merece,
O descanso da alma que não perece,
E as preces do grupo que chora consternado...
05/04/203.
|