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Poesias-->7. AS LÁGRIMAS DE JESUS -- 11/04/2003 - 06:44 (wladimir olivier) Siga o Autor Destaque este autor Envie Outros Textos


Jesus buscou, no deserto,

A companhia, decerto,

Dos espíritos maiores,

Pois, longe das tentações,

Mais livres os corações,

Os bens serão os melhores.



Mas foi na luta do mundo

Em que o golpe mais profundo

Demonstrou o seu valor:

Sabia do sacrifício,

Mas ergueu seu edifício,

Fundamentado em amor.



As pirâmides do Egito

Tornam o homem aflito

Por conservar a matéria.

Mas o ideal de Jesus

A todos nós só conduz

À energização etérea.



Que coisa existe mais linda

Do que entender como infinda

A vida, ao lado de Deus,

Inda mais quando se sabe

Que é apanágio que nos cabe

Cada qual junto dos seus!



É o amor que se propala,

Eternidade de gala,

Festa perene no Céu.

Mas é preciso, bem antes,

Demonstrar aos semelhantes

Que a verdade não tem véu.



Serenidade na vida,

Confiança que convida

A colher frutos em paz,

Embora saibamos bem

Que nem tudo se mantém,

Pois o tempo estragos faz.



Determinismo, contudo,

Na essência do conteúdo,

Só o bem feito co’amor.

Em matéria de caráter,

Constitui “celula mater”

A força de ao mal se opor.



Auscultar o coração,

Na presença da lição

Do sacrifício do Cristo,

Pode levar a pessoa

A saber se é má ou boa:

Não há sentimento misto.



Mas a turma da poesia

Jamais se predisporia

A incentivar fanatismo:

É com base na ciência

Que se prova a consciência,

Sob a luz do espiritismo.



Quem quiser subir de posto

Há que realizar com gosto

Os trabalhos caridosos.

Eis o ensino permanente

Dos que velam pela gente,

Preparando excelsos gozos.



Seria infantilidade

Pressupor que Jesus há-de

Receber os pecadores.

Se são os santos perfeitos,

Precisamos ser eleitos,

Na expiação destas dores.



Basta um pouco de critério

Para saber que é bem sério

O compromisso co’a vida:

Ninguém virá por prazer,

E sempre para entender

O valor de toda a lida.



Mas sofrer o tempo todo,

Não vá cair nesse engodo,

Nem Jesus lá no deserto.

Alegria permanente,

Mesmo quando a alma sente

A morte chegando perto.



E, se perdermos um filho,

Serve ainda o estribilho

Do grande contentamento?

Diante de um filho morto,

Tenha noss’alma conforto:

É uma questão de momento.



Lágrimas serão bem-vindas,

Mesmo que não sejam lindas,

Pois o amor precisa delas.

Contam que Jesus chorava,

Mas ao Pai não reclamava:

Eis as lágrimas mais belas.



Os exemplos de Jesus

Servem sempre, não a cruz,

Perversidade romana.

A dor vem p’ra espicaçar

Quem saiu a navegar:

A doutrina não se engana.



Mantenhamos firme o brio,

Se o tremendo desafio

Nos atingir bem de perto.

A provação permanente

Alcança a toda esta gente:

É areia no deserto.



Nos momentos da agonia,

Lembremos desta poesia,

Derivação para a dor.

Elevemos para o Pai

Um pensamento que vai

Demonstrar-lhe nosso amor.



Saibamos corresponder

De Jesus o bem-querer,

Em lhe seguindo a lição.

Na prece, cantemos hino,

Com doce voz de menino:

Os anjos nos guiarão.



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