Quando a professora Josette Garcia convidou-me para dançar e declamar poesias num evento em homenagem à artista Frida Kahlo, elaborado pelo grupo Meninas que Escrevem em Curitiba, fiquei emocionada. Pois, a obra desta pintora está ligada à Dança Cigana e à Literatura.
O pai de Frida, com o nome de Guillermo Kahlo, era descendente de alemães com húngaros. Porém, a mãe desta artista, chamada Matilde Calderón, era descendente de índios com ciganos espanhóis, da linha Kalon.
Frida, também, era folclorista e por isto tentava retratar os temas da arte popular do México e das etnias que formaram este país, sendo que as principais foram: a indígena e a cigana espanhola. Assim, esta artista costumava usar saias rodadas repletas de estampas coloridas, xales compridos e flores nos cabelos.
Segundo historiadores, como esta artista teve problemas com poliomelite, na infância, e um acidente grave, na adolescência, uma conhecida tentou recuperar sua coordenação das pernas ensinando passos de Dança Cigana.
Frida era contra a ditadura da beleza que sempre deturpou as formas naturais do corpo da mulher. Por isto, suas marcas registradas eram: buço aparente, sobrancelhas grossas e juntas.
Os motivos que possuo para me identificar com a vida da artista homenageada são muitos. Pois, sou folclorista e pesquiso as lendas da minha região. Também precisei fazer aulas de Dança Cigana para corrigir meus problemas motores e de postura. Além de ser contra a ditadura da beleza, e, também usar sobrancelhas grossas.
Por isto agradeço ao grupo Meninas Que Escrevem em Curitiba, e, principalmente, à professora Josette Garcia pela oportunidade de homenagear esta personalidade importante no mundo das artes.
