Corpo, onde a alma se refugia,
Não sejas natureza morta,
Nem noite escura à luz do sol
Dos anos que me batem à porta.
Quero-te forte, com a cor erotisada,
Sem marcas, sem traços de senilidade,
Para sentir, do meu amado, os beijos
E os carinhos que me eriçam os poros.
Quero que mantenhas a graça
Que a natureza dá à mocidade.
Não te desfaças em destroços,
Como uma estátua de fino barro
Atingida por certeiro disparo
Dos anos que traz consigo...
10/04/03.
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