Usina de Letras
Usina de Letras
160 usuários online

Autor Titulo Nos textos

 

Artigos ( 62072 )

Cartas ( 21333)

Contos (13257)

Cordel (10446)

Cronicas (22535)

Discursos (3237)

Ensaios - (10301)

Erótico (13562)

Frases (50478)

Humor (20016)

Infantil (5407)

Infanto Juvenil (4744)

Letras de Música (5465)

Peça de Teatro (1376)

Poesias (140761)

Redação (3296)

Roteiro de Filme ou Novela (1062)

Teses / Monologos (2435)

Textos Jurídicos (1958)

Textos Religiosos/Sermões (6163)

LEGENDAS

( * )- Texto com Registro de Direito Autoral )

( ! )- Texto com Comentários

 

Nota Legal

Fale Conosco

 



Aguarde carregando ...
Artigos-->20. FÉRIAS NO ETÉREO -- 28/03/2002 - 06:53 (wladimir olivier) Siga o Autor Destaque este autor Envie Outros Textos


Muita gente deve estar pensando que estes dias em que trazemos as nossas comunicações são muito aprazíveis e que nossa intensidade magnética deve, se não diminuir, pelo menos adquirir tônus bem mais ameno, porque estamos buscando obter compatibilidade energética de nossa altíssima voltagem, por assim dizer, com a dos encarnados, muito mais grosseira ou, no mínimo, envolta por espessa camada de matéria mais densa. Em suma, deve esse povo estar julgando que estamos passando férias, porque suspeitas existem de que os trabalhos que exercemos junto a entidades incorpóreas devem exigir bem mais, uma vez que os espectros espirituais devem ser muito menos propícios ao controle dos benfeitores e socorristas.



É quase isso o que de fato acontece, mas é preciso ressaltar que o nível de responsabilidade é exatamente o mesmo e que tudo o que realizamos, seja em que ambiente for, jamais prescinde de acurado estudo da situação, dos meios e das perspectivas dos resultados. Uma simples exposição como a presente, cujo tema não elege nenhum conceito extraordinariamente dificultoso quanto à compreensão, nos obriga a reflexões depuradas no cadinho das aspirações dos leitores espíritas, ao mesmo tempo que deve entrosar-se rigorosamente ao esquema curricular de nossos mestres e dos orientadores mais elevados da colônia, para quem o desempenho mediúnico deve primar pela mais escorreita prestação de serviços, tendo em vista que ninguém neste nosso setor pode sequer imaginar deturpar um conceito que seja para a emissão de opinião pessoal.



Férias pleitearemos futuramente para nos refazermos dos apuros destas redações, que nos obrigam a contínua atenção para os inúmeros fatores do contato entre os planos. Mas não se acredite que vamos espairecer em colônia em que todos os departamentos estejam voltados para o prazer, para o hedonismo, para o gozo. Isto cá só existe nas camadas inferiores, onde os seres se espojam ainda nos mais asquerosos vícios, imaginando que se divertem, quando, na verdade, estão perdendo excelentes oportunidades de crescimento para a purificação, inclusive, da própria felicidade que provariam, caso tivessem desenvolvido a sutileza da percepção de que a alegria mais intensa é a que destaca o bem-estar alheio como princípio da bem-aventurança.



É a “tristeza” que sentimos quando nos deparamos. por exemplo, com seres humanos que se despedem da vida sem terem passado por todas as fases biológicas, para as experiências mais agudas da paternidade ou da maternidade, quando os filhos respondem positivamente às imposições das leis naturais e das leis morais, de acordo com as prescrições evangélicas, absolutamente coordenados pelo prisma das virtudes mais elevadas, mantendo-se equilibrados em suas ânsias materiais.



Mas as nossas férias prescreverão outras atribuições relativas às responsabilidades que não cessam nunca, de modo que, mesmo quando estamos isentos de quaisquer compromissos externos, ainda temos de respeitar os ímpetos de nossos desejos de progresso, momento em que o descanso se configura como ideal se tivermos a liberdade de pesquisar nas bibliotecas e arquivos, instruindo-nos a respeito de todos os pontos que anteriormente nos foram explicados em aula e que perduraram abertos para a investigação, porque sempre há o que aprender em qualquer ramo do conhecimento.



— Será, vai perguntar aquela gente supracitada, que os amigos possuem tanta eletricidade, tanto magnetismo, tanta vibração de caráter fluídico, tanta sutileza existencial, tanta maleabilidade cósmica, tanto refinamento espiritual, que seu perispírito começa a pesar-lhes como o fardo carnal nos sobrecarrega após um dia de intensa atividade física?



Não está ocorrendo com esta classe especificamente esse problema, muito embora Firmino haja alçado vôo para plagas de maior rarefação material, se nos pudermos valer da analogia. Mas levantamos a hipótese porque é muito provável que leitores espíritas cônscios da temática relativa à lei do progresso estejam pondo em dúvida que simples alunos de uma denominada Escolinha de Evangelização possam, a um só tempo, agitar tantos assuntos de importância doutrinária transcendental e ficar no lusco-fusco de penumbra intelectual que mais sugere intempestiva incursão ao ambiente mediúnico que lhes dá guarida de um grupo de espíritos mal-intencionados, cujo objetivo, quando pior não seja, venha a consignar um distúrbio mental para a instalação do germe da dúvida, em prejuízo dos ganhos que se obtiveram junto aos textos de Kardec.



Eis que exemplificamos de fato quanto de responsabilidade nos pesa durante a confecção e a transmissão destas mensagens, para que se veja toda a extensão das preocupações que devemos superar, para não termos de lamentar posteriormente o desastre de uma composição mal feita, de uma redação afoita, de uma frase mal direcionada, de um palavreado menos digno. Vocês, meus queridos amigos, já pensaram que férias passaríamos caso descobríssemos que os nossos intentos se desvirtuaram pela insuspeita transmissão de fugidios pensamentos que se revelaram nas entrelinhas, sem que déssemos conta da imperfeição?



Dizem que quem pouco fala, pouco erra. Mas, e quando temos a quota diária de nossa tarefa escolar (para dizer o óbvio), será que tudo vai ficar sob controle, sempre? É assim que ocorre com vocês no dia-a-dia de sua luta pela vida? Ou existem surpresas que os assustam de repente, pelo inopinado dos acontecimentos? Não será sempre bom estar prevenido para todas as eventualidades? Então, vejam neste texto esse mesmo sentido, porque não queremos seqüelas fatais para a tranqüilidade de nossa futura temporada de férias.



Comentarios
O que você achou deste texto?     Nome:     Mail:    
Comente: 
Renove sua assinatura para ver os contadores de acesso - Clique Aqui