De dançar não me cansava
E pelo salão eu voava,
Qual borboleta em torno das flores.
Entre os pares de namorados
Tão feliz eu procurava,
Um príncipe imaginário,
Que pela cintura me enlaçasse
Num bailado extraordinário.
Às vezes, do meu sonho ele fugia
Lépido, com passo atrevido,
E quando a mão ele estendia,
O coração pulsava em sustenido.
Seus belos olhos marotos
Eram dois mares revoltos,
Onde brancas gaivotas voavam,
Onde os meus desejos se afogavam.
Terminado o baile de ilusão,
Feliz eu segurei a sua mão
Para que não seguisse sozinho,
Da vida, o longo caminho.
15/04/03.
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