Caminhadas*
Nas minhas caminhadas, às vezes longas, de fins de semana, de feriados e de férias, raramente recebo cumprimento de bom-dia dia!, de boa-tarde! ou de boa-noite!
Os transeuntes (poucos) que o transmitem dão a impressão de estar de mau humor e com raiva da vida e de todos; outros falam no celular, respondem a mensagens e tiram o foco do exercício físico que deveria ser imperioso e salutar.
Reflexão (se a fizerem) - para saber se valeu a pena o esforço - será otimismo esplêndido! Provavelmente, sentirão que não fizeram de modo adequado nem uma coisa nem outra.
Vejo, por outro lado, cães que fazem necessidades fisiológicas nos jardins onde brincam crianças, nas calçadas, nas ruas e (se se descuidar), até nas pessoas que passem perto deles. Tudo sob o olhar complacente de seus donos, que julgam isso muito natural. Lógico, natural, num país de deseducados, sem leis eficazes e sem comprometimento com a educação da sociedade.
* Brasília, DF, 30/11/2014. |