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Poesias-->23. JUDAS -- 27/04/2003 - 07:40 (wladimir olivier) Siga o Autor Destaque este autor Envie Outros Textos


Não obremos como Judas:

Ante o mal, deixemos mudas

As nossas más intenções.

Saber que Jesus perdoa

Não vai demonstrar ser boa

A razão das perversões.



Eis a triste personagem,

A mostrar como reagem

Os que não pensam no bem.

Era o Mestre superior

E não logrou seu amor,

Que o perverso amor não tem.



— “Faze logo o teu intento.

Não percas nenhum momento:

Chegou a borra da taça.”

Talvez Judas não quisesse,

Mas é Jesus que oferece

Ocasião para a desgraça.



Misteriosa situação

Que Jesus, com devoção,

Colocou nas mãos do Pai.

É difícil compreender

Que Judas tinha um dever:

Nossa mente se retrai.



Fazer o mal ao Senhor,

Só se pudesse compor

Raciocínio positivo.;

Se Jesus lhe comprovasse

Que venceria o impasse,

E se mantivesse vivo.



O desespero da morte

Vai mostrar-nos que outra sorte

Esperava o pobre ser.

Arrepender-se de pronto,

É que teve algum confronto,

Onde pôs tudo a perder.



Simbólicas, as moedas

Falam-nos das duras quedas,

Quando a matéria é exaltada.

Os tais dinheiros de ouro

Pareciam grão tesouro,

Mas, na verdade, eram nada.



Fez muito mal nosso amigo,

Não compreendendo o perigo

De pôr fim à própria vida.

Se chegasse à senectude,

Talvez tivesse a virtude

Nas obras desenvolvida.



Não sabemos os mistérios

Ou os sofrimentos sérios

Do carma particular,

Mas os séculos de dores,

Na escuridão dos horrores,

Passaram bem devagar.



Quanta vibração ruim

O manteve sempre assim,

Ao se malhar o espantalho!

Até hoje o povo pensa

Não existir recompensa.;

E não lhe dá agasalho.



Chamamos Judas de “amigo”,

Por não cairmos no artigo

Da tal lei de talião.

Se pensamos em Jesus,

Um sentimento de luz

Mostra a força do perdão.



Nesta sexta-feira santa,

O que muito nos espanta

São os judas religiosos.

O mundo parece em calma,

Mas a contenção da alma

Só promete novos gozos.



Amanhã é um novo dia,

Recomeço da folia

Que, na Páscoa, chega ao cume:

Vem recheado o peru.;

É leitão em vez de angu.;

O frango sai com legume.



De que adianta refletir,

Um só dia, no porvir,

E perder os outros todos?!

Será de Judas o ensino,

Pois Jesus vira menino,

Na prevenção destes lodos.



Mas Judas se arrependeu:

Talvez esse exemplo seu

Possa até frutificar.

Por isso, o nosso conselho,

Sem querer meter o relho,

Chegue na hora ao lugar.



Ouça, pois, o povo aflito,

Sem julgar seja bonito

Poetar sobre a maldade.

Quanto pior este assunto,

Mais a turma sofre junto,

Na maior dificuldade.



Quem teve a pele crestada,

Por folgar, nessa jornada,

Fazendo o que sempre quis,

Ao trair a sã consciência,

Sofreu toda a conseqüência,

Como Judas: infeliz.



Nesta hora, sobretudo,

Pensemos no conteúdo

Das palavras de Jesus:

Vamos dar amor ao povo,

P’ra recebermos de novo

O seu perdão pela cruz.



Vamos conter a injustiça,

Que a maldade mais atiça

A batalha entre os humanos.

Seja o coração um templo

E Jesus o sábio exemplo,

A impedir tristes enganos.



E oremos com mais ardor,

A rogar ao protetor

Mais luz para nossa mente,

Pois, se o pensamento falha

E só rancor agasalha,

É impossível ir em frente.



Jesus já desceu da cruz

E o povo todo conduz

À Terra da Promissão.

Faz tempo, chegou Kardec,

As leis abertas em leque:

Terceira Revelação.



Não há por que marcar passo:

Vamos definir o espaço,

Para avançar na jornada.

Façamos como nos versos:

Os sentimentos perversos

São esquecidos.; mais nada.



— “Perdoai-nos, pai querido,

Vosso filho foi ferido,

Por não vermos o caminho.

Impedi que nova cruz

Obscureça esta luz:

Tirai-nos d’alma este espinho.



“E a Judas regenerai,

Nós vos pedimos, bom Pai,

Em nome de Jesus Cristo,

Diante da humanidade,

Pois, dada vossa bondade,

Já o tereis por benquisto.”



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