Surgiu, mascarado, da aglomeração,
Envolto em alegria contagiante,
Enredou-me em momística ventura
Entre as mesas e cadeiras do salão.
Foi um momento de muita ternura.
A música e os jatos de lança-perfume
Impeliram-me para a louca aventura
Vivida em cenário de sonho.
Rodopiando na espelhada pista
Sozinhos, ignorando a multidão,
Com serpentinas atou meu coração
Selando-o com um beijo de amor efêmero,
Que durou a eternidade de três dias,
Sob o troar dos bumbos e chuva de confete.
Que não terminasse minh’alma pedia
A festa pagã onde o sagrado nascia...
28/05/03.
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