Surgiu-lhe o protetor e disse assim:
— “Que queres tu fazer p’ro teu progresso,
Se tens o humano jeito no decesso
E não olhas direito para mim?”
O pobre quis sumir mas disse: — “Peço
Que tudo quanto fiz, sendo ruim,
Possa sofrer resgate, até que, enfim,
Sossegue o coração com tal sucesso.”
— “Então estás disposto a vir comigo,
Para enfrentar as dores que causaste,
Sofrendo nesta esfera um tal castigo,
Para que o mal receba o seu desgaste
E possa o companheiro, hoje inimigo,
Saber que tens no amor o seu contraste?”
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