— “Por que te queixas tanto de outra gente,
Imaginando teres tu razão?
Não sabes quantas vezes dizes ‘não’
À tentativa justa e transparente?
“Por certo aqui pretendes, meu irmão,
Fazer o teu teatro, indiferente
Às conseqüências de seguir em frente
Nos males que jamais acabarão.
“Tu pedes que analise o teu tesouro,
Que é como consideras teu talento,
Mas algo que te cause algum desdouro
“Perante o raciocínio peçonhento
Com que tu te atraiçoas neste agouro
Irás cobrar de mim, a ver se agüento.”
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