DIZERES QUE SE REPETEM
José de Sousa Dantas, em 14/04/2004
Oxente, caiu a ficha,
morou, moído danado,
já era, tempo do ronca,
com certeza, está ligado,
quem te viu e quem te vê,
taí, é papo furado.
Farinha do mesmo saco,
conversa pra boi dormir,
é logo, vapt e vupt,
agora deu pra mentir,
samba de crioulo doido,
pensa que vai conseguir!
Se você não existisse,
você seria inventada,
nem trepa nem sai de cima,
só tem conversa fiada,
empurrando com a barriga,
até hoje não fez nada.
É traíra, é laranja,
hoje a cobra vai fumar,
não vem que aqui não tem,
não dá mais pra suportar,
é pirata, é chupa-cabra,
está de papo pro ar.
Converse que eu pago o lanche,
reconheça o seu lugar,
já tem pano para as mangas,
é ruim, vai te catar,
e aquela alma quer reza,
só vendo pra acreditar.
É isso aí, não dê bolas,
de besta, só tem a cara,
de burro, só a chibata,
a roubalheira não pára,
quem disso cuida, isso usa,
a violência dispara.
A maré não tá pra peixe,
o povo está revoltado,
a situação tá preta,
o clima está esquentado,
pois eles calçam quarenta,
bando de cabra safado.
Fumaça não assa carne,
a dor ensina a gemer,
amanhã é outro dia,
nunca é tarde pra aprender,
é bem mais fácil falar
do que na vida fazer.
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