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Artigos-->Luz -- 22/09/2016 - 18:45 (João Rios Mendes) Siga o Autor Destaque este autor Envie Outros Textos
Fernanda é daquelas pessoas que estão distantes mas a sentimos por perto por conta da tecnologia. Essa dançarina é uma amiga que há tempos não nos vemos. No entanto nos comunicamos frequentemente com mensagens de singelos bom dia, boa noite e algumas piadinhas comedidas.



A tecnologia se renova a cada instante para nos dar mais comodidade e isso nos levar a questionar: estamos mais próximos ou mais distantes dos amigos? Rádio, jornal, televisão, o telefone, a internet e agora o whatsapp tem a intenção de nos aproximar do mundo... e conseguem. Por outro lado, ficamos tão acomodados apenas em ouvir a voz ou ler uma mensagem eletrônica do ente querido que deixamos de nos reunir em torno de uma mesa ou no banco da praça para botarmos a prosa em dia. Não perdemos os laços, estamos perdendo o hábito de ouvir e conversar pessoalmente, olhando nos olhos; chorar ou gargalhar juntos. Não rimos mais com o outro, rimos para um aparelho telefônico.



Quero direcionar essa reflexão para o whatsapp. Essa maravilha nos deu a oportunidade de instantaneamente tirarmos fotos, fazermos vídeos ou enviar uma mensagens de texto ou de voz. Com os telefones modernos qualquer leigo pode ser fotógrafo, cinegrafista, comediante, ator de filme pornô... Os celulares atuais tem cerca de vinte funções e até falam. As câmeras fotográficas desses aparelhos estão tão avançadas que alguns jornais já as usam como equipamentos de trabalho. As reportagens dos conflitos de guerra são feitas com celulares.



Meu pai é falecido há quase 20 anos. Minha relação com ele era muito profunda, muito intensa. Até hoje sinto sua falta. Pois qual foi minha surpresa – e graças ao wahtsapp - recebi hoje dessa amiga dançarina um vídeo do rei Roberto Carlos cantando para pai o dele:



“Esses seus cabelos brancos, bonitos

Esse olhar cansado, profundo

Me dizendo coisas, um grito

Me ensinando tanto, do mundo...

E esses passos lentos, de agora

Caminhando sempre comigo

Já correram tanto na vida

Meu querido, meu velho, meu amigo...

...Eu já lhe falei de tudo,

Mas tudo isso é pouco

Diante do que sinto...

Olhando seus cabelos tão bonitos,

Beijo suas mãos e digo

Meu querido, meu velho, meu amigo.”



Eu estava a caminho do trabalho. Emocionado, encostei o carro e fiz uma oração ao papai, conversei com ele. Respirei fundo e segui em frente. Essa música encheu meu dia de Luz.



























Desenho: Ângela Fakir

http://riscoserabiscosangelafakir.blogspot.com.br/

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