— “Os nomes dos teus novos companheiros
São: Hermínio, Anacleto e Rosa Lia.
Não sabem o que mais te agradaria,
Assim, querem ouvir-te a decisão
De tê-los bem cordatos, os primeiros,
A quem se deve sempre a iniciação.”
— “Pretendo conhecer qual sofrimento
Me traz acorrentado ao egoísmo.
Tentei livrar-me de cair no abismo,
Mas obrigou-me a sorte a desprezar
O ódio como forte sentimento,
Posto tivesse origem no meu lar.”
Hermínio quis saber qual interesse
A dor promoveria, pois o assunto
Não tinha provocado o seu bestunto:
— “Meu caro, me permita concluir
Que o tema, logo após se resolvesse,
Não ia ter valor para o porvir.”
Gualberto não conteve o riso franco,
Porque lhe pareceu que o seu colega
Estava a merecer bem forte esfrega:
— “Se tudo o que disser for respondido
Conforme o que se lê na folha em branco,
Em vez de ver-me achado, estou perdido.”
E foi caindo fora, sim senhor,
Que não correspondeu de forma alguma,
Por mais que o bom velhinho lhe resuma
Os bons deveres de quem presta ajuda,
Na tentativa de vencer a dor,
Pois uma só palavra o mal não muda.
E se encerrou o dia melancólico,
Que o nosso amigo não criou coragem
De sustentar com brio essa viagem
A contrariar os duros preconceitos
Dos vícios do tabaco e do alcoólico,
Que põem até os do além insatisfeitos.
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