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Cronicas-->Amores vãos -- 24/11/2002 - 23:05 (maria da graça almeida) Siga o Autor Destaque este autor Envie Outros Textos
Amores vãos
maria da graça almeida

Vão e vêm...-brincadeira tem hora...o fato é sério, exige respeito-.

Mathias morreu de amor. E eu quase morro também. Final doloroso. Um caso à parte.Com as feridas inda abertas, todo cuidado é pouco!

Bóris, após várias derrubadas, resolveu cair em profunda apatia. A alegria escandalosa e ruidosa de antes cedeu lugar a um olhar opaco e a um rouco: Uh! Posso jurar que foi o casamento imposto que o deixou assim. Gerdéa, a jovem esposa, tão estranha quanto o nome, entrou em sua vida e tomou conta do espaço. Impediu-o de qualquer relação com os velhos amores e amigos. Descaradamente, incluo-me entre eles. Desde, então, não mais o tive. A exagerada vigilància da esposa afastava-o de todos. Até o dia em que o levou de vez.O casal partiu para os confins das Gerais.Se lá ainda permanece, não sei.

Do Spencer, nada a declarar, se não houve paixão, também não houve mágoa ou, ressentimento, nem da minha parte, nem por parte dele. Se não me encantou, também não me desencantou. Parece-me até que nem fez parte do meu passado E quando do passado se tem uma lembrança que não nos provoque alegria, tristeza, alívio ou, saudade, é sinal que ela, por nós passou em branco ou, na transparência do desinteresse.

Bell ficou, mas ficou apenas como póstuma homenagem a um belo homem e poeta: Lindolf Bell. Estranha louvação! O coração vive fazendo das suas... Juna, a mãe de Bell, ainda que soubesse do sentimento antigo, deixou-me assim apelidar seu filho -cujo nome verdadeiro, sofisticado demais, já nem me lembro-. Amiga de verdade, Juna jamais lhe revelou meu segredo, mesmo quando se ressentiu com a extravagància de certas atitudes minhas. Grande dama arruivada! Olhava-me com olhos de redonda compreensão. Cumplicidade. Sem quinas, nem arestas; sem cobrança, nem chantagem.

Bernardo. Inferno astral.Recomendado pelo Capeta, afilhado do Satanás.Um ano e meio de cruz -credo, seis meses de Deus- me- livre! E do tormento que poderia ter durado a vida inteira e mais seis meses -como brincava o padre Oscar meu professor de matemática-Deus me livrou!A reza resolveu a situação. Uma desconhecida carregou-o, sem pedir licença. Não me ressenti, afinal, fez-me um grande favor. Não, o favor foi mesmo da providência divina. De outro modo...duvido!

E assim se foram... um a um. De alguns sei o paradeiro, ou, penso saber. De outros, desconheço os caminhos enveredados, as novas paragens.

A vida é isso... ora um bem, ora um mal. E nós, também, ora bons, ora maus, somos capazes de sentimentos e ressentimentos inimagináveis, negando ou concedendo com a mesma desenvoltura.

E agora, não termino o escrito sem a última confissão, a derradeira: de todos os amores aqui rememorados, o que ainda -não em minha vida, mas em meu coração- ocupa um posto de grande relevància é Mathias, o mais devotado companheiro, Aquele que se foi sem vontade e que, com toda certeza, jamais voltará. Entre todos, o meu cão predileto!

maria da graça almeida






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