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Poesias-->37. QUANDO A ESPERTEZA É MUITA -- 04/07/2003 - 08:01 (wladimir olivier) Siga o Autor Destaque este autor Envie Outros Textos


Lembrou Gualberto que jamais iria

Retrogradar, que a lei o protegia,

Mas o “bacilo” lhe calou na mente:

— “Será que o mestre disse por dizer

Ou o seu termo tinha o tal poder

De me mostrar o mal que fiz à gente?



“Que pode o verme oferecer de mau,

Senão que a vez de se fazer degrau

P’ro sofrimento alheio em vil moléstia?

Se os corpos deles não são tão bem feitos,

Também não podem vir como os eleitos

A proclamar que têm assaz modéstia.”



Mas não deu tempo p’ra pensar em tudo

Nem poderia ali quedar-se mudo,

Pois precisava definir o estilo:

— “Meu professor, eu vou fazer mais força

A ver se a mente este desejo torça

De censurar a praga do ‘bacilo’.



“Eu acredito que a ameaça é vã,

Mas tenho medo de julgar malsã

A tua zanga por ferir-te os brios,

Pois, fora das muralhas, sei de cor,

Que a dor que sofrerei será pior,

A me causar terríveis calafrios.



“Deixe cerrada a porta, por favor,

E diga àqueles três que vou propor

Que esqueçam todo o mal que lhes causei.

Mas, como são melhores do que eu,

Hão de saber que o sentimento meu

Não deve transpirar conforme a lei.



“Pedir perdão, portanto, posso até.

Talvez, porém, não saiba como é

Que devo me expressar p’ra consegui-lo.

Vergonha não terei, posso dizê-lo,

Mas se o fizer será por desmazelo,

Que os sentimentos são só dum bacilo...”



Envergonhar o mestre é o que queria

E assim pensou que iria pô-lo em fria,

Extrapolando o seu rigor em fúria.

Mas, simplesmente, Juvenal saiu,

Deixando o gajo a suspirar: — “Psiu!” —,

Sem força alguma, a remoer a injúria.



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