Sexo covarde
Entrou em minha casa,
Afundou-se no sofá,
Conversou sobre a vida,
Encantou-se com a minha
Foi amigo demais, até.
Andou pela casa toda,
Fingiu que queria alguém
Prá esquecer a dor do amor!
Deitou-se na minha cama, nu,
E então o amigo, já era homem.
Puxou meu corpo, que vestido,
Arrepiou-se e sem sentido,
Despiu-se e entregou-se ao seu.
Sumiu. Qual amante itinerante,
Ligou:
_quero agora
Encontrar o corpo,
que o meu implora,
E a boca que me enlouqueceu.
Vem, satisfaça o meu desejo,
Não sei porque não a beijo.
Só quero sexo,o seu.
Fui, nada senti, entreguei-me
Ao que pedia, fiz do meu corpo
A magia, de encantá-lo com o meu.
Nada me deu. Disse :
- Vou querê-la para sempre,
Mas por favor não tente
Buscar-me, o homem sou Eu!
cI/03 |