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Artigos-->Empolgação -- 12/12/2016 - 04:18 (João Rios Mendes) Siga o Autor Destaque este autor Envie Outros Textos



“Oi sogra, que cara é essa de felicidade?”



“Não sei Zé Morcego. Acordei assim, com vontade de rir para o mundo.”



“Logo a senhora que é meio durona, cara amarrada...”



“Não exagera Zé, sou a melhor sogra deste mundo”.



Riram um riso solto, despretensioso. De cumplicidade mesmo. Estavam sentados a mesa, já haviam almoçado, tomavam um café para finalizar a refeição. Após um gole, Zé continuou, em tom solene:



“Sabe D. Dália, no meu escritório às vezes chegam pessoas tão tristes falando de problemas tão grandes que às vezes me dá um nó no peito. Chegam querendo que o advogado arranje uma solução para o problema delas. O que me dói é que na maioria das vezes são pequenas coisas que as afligem, foi quase uma insignificância que causou todo aquele mal-estar. Às vezes foi uma confusão no trânsito por causa de um arranhão no carro; noutros casos o que deveria ser uma pequena discussão de casal virou uma confusão geral porque ninguém cedeu nem um pouco em seus pontos de vistas. As pessoas estavam mais preocupadas em ‘ter razão do que em ser felizes’. Quando estes problemas são jogados na nossa mesa, por mais que queiramos ser imparciais, acabamos sendo contaminados, puxados para dentro do problema, para dentro do conflito. Acredito que com o médico não seja diferente. Outro dia ouvi um médico, já antigo na profissão, dizer com orgulho que nunca havia perdido um paciente. Quisera eu poder dizer que nunca perdi uma causa ou o professor dizer que todos os seus alunos foram aprovados, que todos tiveram o mesmo entusiasmo. Entusiasmo, eis a palavra certa. Chamem de tesão, empolgação, comprometimento... mas é essa palavra mágica que nos mantém vivos. O casal sem tesão está fadado ao fracasso. No trânsito se os motoristas não estiverem comprometidos com o bem-estar dos que dividem a pista ele certamente vai se aborrecer bastante. Na maioria das situações nos aborrecemos porque não cedemos um pouquinho sequer. Criamos em nossa mente a situação ideal e esquecemos que ao lado sempre haverá alguém com a qual temos que dividir nossas vidas e desenhamos nossa situação ideal sem considerarmos os pontos de vistas dessa pessoa nem o que seria o ideal para ela. Como a senhora tem mais experiência que todos nós, hoje está com esse sorriso porque soube negociar os conflitos. E não me diga que aprendeu isso sozinha. Desde bem pequenos aprendemos a negociar. Principalmente se temos irmãos. Quando começamos a frequentar a escola temos que negociar com os coleguinhas. Quando nos casamos e nascem os filhos lá vamos negociar os conflitos deles, nem vou falar dos pega-pra-capar com o cônjuge.



"Estou ouvindo Zé, pensa no que vai falar"! Entrou Camélia rindo debochada.



"Oi Paixão! Não é à toa que uso esse apelido em você. Tudo o que faz tem paixão. Você é a mulher mais entusiasmada que conheço. Coloca tempero em tudo que faz. Encantamento nas pequenas e grandes coisas. A primeira vez que me disse "vale surpreender e vale o vice e versa" eu juro que não entendi. Entendo agora convivendo com você. Sempre me apresentando uma nova mulher a todo instante. Não deixando a rotina se apossar de nossa vida. A cada dia me apaixono por uma nova Camélia que existe dentro de você. Reinventa o amor todos os dias e noites. Ao seu lado a monotonia não se abanca. Mulher feita de fragmentos e fragrâncias mil! Se veste, se pinta, se enfeita e se despe..."



"Que lindo isso Zé Morcego!" Desmanchou-se D. Dália.



"Camélia aprendeu isso com a senhora? Admiro a mulher que ela se tornou pela maneira que ela trata nossos `conflitos`. Camélia é especialista em me surpreender. Num dia difícil em que eu me sentia miúdo ela disse: Zé, confie: ‘Eu jamais me apaixonaria por alguém que não fosse um grande homem’. Camélia é pura emoção. Sua emoção contagia a todos nós. Ela fala com olhos e eu mergulho neles tentando descobrir o grande segredo que a move, paixão, tesão, encantamento. Tenha que nome tiver, o importante é que permaneça eternamente em nós dois a empolgação!"

























Colaboração: Ângela Fakir e Jeanne Martins.

Desenho: Ângela Fakir

http://riscoserabiscosangelafakir.blogspot.com.br/



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