Palavras de JK 1958*
Não me amedrontou a tarefa de mudar a Capital da República – disse o Presidente Juscelino Kubitschek na sua fala de fim de ano, em 1958. E justifica:
1. Sabia, desde o início, que arrostaria muitas críticas e muitos interesses contrariados, mas também sabia que ao Brasil não era possível deter-se, que a meta da nova Capital constituía uma síntese de todas as outras metas de minha administração.
2. Não se trata de uma ambição faraônica. Os faraós levantaram monumentos fúnebres. Brasília é visão de futuro, é instrumento de integração e desenvolvimento.
3. Brasília não será uma cidade monumental apenas, moderna e exemplarmente funcional. Obra de alguns homens de gênio capazes de projetar e construir, com recursos razoáveis, dará ela alto testemunho de nossa civilização, transformar-se-á na ponte de comando de nossa viagem de conquista ao Oeste brasileiro. Irradiará força criadora para uma das zonas mais abandonadas e desconhecidas de nosso imenso território.
4. Erguendo Brasília, erguemos, ao mesmo tempo, a nossa bandeira sobre regiões de que só tínhamos o domínio nominal.
5. Erguendo Brasília, ocupamos o nosso País, provamos que merecemos esse grave e extraordinário benefício da Providência Divina, a herança de um País novo.
6. Quero dizer-vos que nenhuma força humana deterá Brasília. Ela já se vislumbra, configurada e em pleno processo de construção.
7. Com Brasília também se levanta uma vasta área de nosso País, que se desencantou, enfim, deixando de ser longínqua referência nos mapas”. (Palavras de JK-1958).
* Informado pelo escritor e jornalista Adirson Vasconcelos.
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