Plano de Desligamento Incentivado (PDIs) e congêneres*
Daqui pra frente, como o Brasil se encontra (com crises por todos os lados), e as grandes empresas públicas fechando o balanço no vermelho, o poder criativo dos gestores estará sendo desafiado diariamente.
Uma das alternativas é demitir. Os chamados PDIs podem ser solução para empresa e para empregado. Aderir a eles é risco e também pode ser não aderir.
Não há hipótese que garanta 100% de êxito. Tudo é risco. Somente o futuro esclarecerá se foi (ou não) correta a medida. Entretanto, muitas variáveis devem ser examinadas com cautela, porque na aderência serão excluídas. Algumas delas:
a) econômica;
b) social;
c) psicológica;
d) bem-estar;
e) serviço médico;
f) serviço odontológico;
g) férias;
h) benefícios diversos;
i) FGTS;
j) promoções;
k) participação no lucros;
l) percentual de incentivo às vendas;
m) abono pecuniário.
n) vale alimentação;
o) vale transporte;
p) auxílio creche;
q) licença gestante;
r) licença médica.
A cada um compete assumir a própria decisão (risco) de acordo com o seu ideal de vida.
Como diz Alexandre Marcondes Filho, ex-ministro do trabalho, no prefácio da Carteira de Trabalho e Previdência Social: “Pode ser um padrão de honra. Pode ser uma advertência.”**
Depende muito da sorte. Contudo, uma variável que pode ter peso extraordinário é a da letra “d” (bem-estar).
Deus proteja a todos: empregados e empresa.
* Brasília, DF, 20/01/2017.
** Na íntegra os dizeres de um dos idealizadores da CLT:
"Por menos que pareça e por mais trabalho que dê ao interessado, a carteira profissional é um documento indispensável à proteção do trabalhador.
Elemento de qualificação civil e de habilitação profissional, a carteira representa também título originário para a colocação, para a inscrição sindical e, ainda, um instrumento prático do contrato individual de trabalho.
A carteira, pelos lançamentos que recebe, configura a história de uma vida. Quem a examina logo verá se o portador é um temperamento aquietado ou versátil; se ama a profissão escolhida ou ainda não encontrou a própria vocação; se andou de fábrica em fábrica, como uma abelha, ou permaneceu no mesmo estabelecimento, subindo a escala profissional. Pode ser um padrão de honra. Pode ser uma advertência.”
(Alexandre Marcondes Filho, ex-ministro do trabalho do governo Getúlio Vargas, entre 1941 e 1945. Um dos idealizadores da CLT. Na 4ª página da minha CP 37.645, série 146ª, expedida pela DRT-DF, em 14/04/1964).