Desde cedo, toda menina é ensinada, que um dia conhecerá seu príncipe encantado, e por certo, vivem essa expectativa, cada minuto de suas vidas. Na ordem natural e hormonal das coisas, ao passo que vão atingindo a adolescência, surge mesmo esse encantamento pelo outro, primeiro através do olhar, do flerte, das conversas, das coisas em comum, do toque na mão, e cada vez mais, a menina se sente encantada.
Na verdade não é o príncipe que é encantado, mas todo o sentimento daquele instante, alimentado por tantos anos.
Tudo isso gera a arte do amor e da paixão, o encantamento, a convivência, as gentilezas, cada um em seu grau de sensibilidade.
A paixão é vivida, o amor é vivido, o bom relacionamento é perfeitamente aproveitado, entretanto, tudo nasce do encantamento.
Podemos nos encantar com muita coisa mais, homem e mulher, sem distinção com as maravilhas da natureza, com a evolução da tecnologia, com o simples sorriso de uma criança, com uma bela música.
O grande problema das relações é quando acaba o encantamento. Na verdade, tudo pode acabar, inclusive a própria vida. As paixões acabam, os amores se vão, as amizades se deterioram, as relações se gastam, mas o que não deve acabar é o encantamento, é a mágica. Os momentos certamente mudam, mudamos nós, todos os dias, entretanto, o que deve ser preservado é o encantamento. Quando numa relação, a ferida deixada, chega na alma, aí sim, o encantamento acaba. Acaba a felicidade em ver, em ouvir, em até ter notícia do objeto do encantamento.
Não deixe que morra em você o encantamento sobre a vida, sobre as pessoas e até sobre as coisas. Cultive pequenos gestos, para que de todos os sentimento permaneça o encantamento.
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