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Cartas-->24. A UM DESAFETO VITORIOSO -- 10/05/2001 - 07:06 (wladimir olivier) Siga o Autor Destaque este autor Envie Outros Textos

Prezadíssimo Guilherme:

Eis que está chegando a hora de nos encontrarmos para festejarmos a sua vitória contra os males da alma. Já passei por isso e bem sei que a felicidade que nos atinge é muitíssimo intensa.

No momento em que nossas almas se desprendem das dores antigas, o mais que desejamos para nós e para todos os seres com quem tivemos oportunidade de contatar no passado, é o lúcido esquecimento de todos os fatos desagradáveis, para que as mágoas se frustrem e as regalias da bem-aventurança transcendam a todos os nossos possíveis desenganos.

Está claro que não atingimos a perfeição e que muito devemos ainda lutar para merecermos ascender ao próximo patamar evolutivo. Entretanto, só o fato de estarmos podendo entender-nos um ao outro é já o prenúncio de que as lutas doravante se travarão no âmbito de nossa consciência, impedidos que estamos por ela de ofender a quem quer que seja.

Por tudo quanto sofremos ao nos enfrentarmos nos diferentes campos da realidade, eu lhe peço perdão, agora que sei o quanto de amor existe em sua pessoa e quão poderosa é sua capacidade de reação contra os malfeitos do egoísmo e do orgulho, porque somente o amor-próprio ferido é que nos justificava as desavenças e as armadilhas que preparávamos um para o outro.

Se você quiser saber, outro dia, meditando sobre tudo quanto passamos por causa de nossos conflitos, após me recordar das lágrimas copiosas que verti por tanto mal que pratiquei contra você, comecei a rir feito bobo, reconhecendo, afinal, que superara a fase dos desgostos e dos arrependimentos, sadiamente compreensivo em relação a todas as leis com que Deus me obrigava a considerar o bem do próximo como o elemento mais valioso de minha própria serenidade.

Não queira ler nas entrelinhas que estou condenando os atos da paixão. Absolutamente; não estou fazendo isso, porque tenho a convicção de que muito do que aprendi se deve à irreverência contra o próximo, quando pude ir avaliando as atitudes e aprendendo a realizar as alterações necessárias em meus padrões de comportamento. Todavia, vejo que existem tantos irmãos pelejando contra as tendências maléficas, que me preocupa o fato de não ter tido ainda a oportunidade de sair em busca de auxiliá-los, próximo passo, certamente, que os mentores de minha classe irão fazer-nos dar.

Neste ponto, quero deixar claro que, se me permitir, irei encontrar-me com você tão logo quanto possa, para lhe oferecer as nuanças mais sutis de minhas vibrações, conquistando-lhe a confiança e arrastando-o comigo para esta belíssima e amorável colônia de aprendizado e restauração perispiritual. Os débitos anteriores servirão como mola propulsora de nossas atividades de benemerência, mas tal como a flecha disparada se esqueceu do arco que lhe deu energia, nós também deveremos conhecer o trabalho apenas como necessidade premente para o nosso próprio bem.

Fiz questão, Guilherme, de estender-me um pouquinho para demonstrar que já consigo algum equilíbrio intelectual fundamentado em razões ponderadas que assimilei através das lições que recebo. Sugiro-lhe que, com o brilhantismo de seu intelecto cultuado em encarnações de muito estudo, digamos, laico, elabore uma resposta e ma envie o mais rápido que puder, para que eu possa sentir-me também diretamente aliviado das últimas tensões emocionais, sombras das noites mal dormidas.

Que Deus nos abençoe neste caminhar para a luz!

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