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Poesias-->Continuação VIII -- 14/07/2003 - 19:24 (Elpídio de Toledo) Siga o Autor Destaque este autor Envie Outros Textos
Clic’ali>> Como jogar o tênis melhor que o Guga



























Toda negatividade

resulta de um acúmulo

da vã temporalidade,

que faz da mente um túmulo.



O tempo fantasmagórico,

psicológico, encerra

o negativo histórico.;

do presente, se desterra.



Há desconforto, tensão,

ansiedade, estresse,

grande preocupação —

tudo mais que envelhece —



são iguais formas de medo,

causadas por um excesso

de futuro que, alpedo,

põe presente em recesso.



A culpa, o arrependimento,

a tristeza, amargura,

a mágoa, ressentimento,

a injustiça mais dura —



toda incapacidade

de se auto-perdoar —

vem da temporalidade,

do que foi, e sem estar.



Difícil acreditar

que, sem negatividade,

a livre consciência

possa em tudo reinar,



porém, é este estado

de liberdade promessa

de salvação, um primado,

o que mais nos interessa.



Mais difícil pode ser

o crer que o tempo causa

problemas, nosso sofrer,

quando o presente pausa.



Cada caso é um caso,

assim nós acreditamos,

nada nos vem por acaso,

os problemas nós criamos.



Em parte isso é certo.

Mas, enquanto ao passado

e ao futuro esperto

um estiver apegado,

sempre negando presente,

os problemas permanecem,

dos velhos ao mais recente,

e até se robustecem.



Se todos forem sanados,

por obra do tal acaso,

se do presente privados,

sentimo-nos no ocaso,



e, por isso, um conjunto

novo de problemas e sofreres

passam a ser o assunto

da mente, como deveres.



Em suma, nosso maior

problema é a mente,

pra quem já trilha de cor

que tempo é o seu dormente.



A presença é a chave

para sua liberdade,

e é a única nave

pro futuro, em verdade.



Quando nos vemos horríveis,

infelizes, sem saída,

sem as soluções possíveis

para prosseguir na vida,



a não ser com esperança

no que ainda virá,

não estamos em mudança.;

nossa atenção está



totalmente envolvida

pelo tempo, que será

ou que já foi, e a vida

no Agora nunca há.



Pois, não há como estar

infeliz e, totalmente,

no Agora penetrar,

em tempo coincidente.



A vida não se confunde

com "situação de vida".

Esta é que nos infunde

o tempo, como ferida.



Certas coisas do passado

não seguiram o trajeto

que foi por nós bem traçado.;

isso virou um projeto



de profunda resistência

ao que já aconteceu,

e, faltos de consciência,

nós resistimos ao eu,



ao que é, o Agora,

certos de que esperar,

mesmo com uma demora,

poderá nos libertar.



Por um instante esqueça

a "situação de vida",

libere sua cabeça,

como ponto de partida.



Atente pra sua vida

e sinta a diferença:

a situação vivida

não inclui uma presença.



Nossa vida é agora,

a situação vivida

exige uma demora,

o tempo é sua saída.



A "situação de vida"

é uma coisa da mente,

a vida é assistida

pelas coisas do presente.



Ache o "portão estreito"

de uma vida real,

que do Agora é feito,

nada tem de temporal.



Sua "situação" gera

problemas os mais diversos —

a maioria dessa era —

que não são incontroversos,



mas, restrinja sua vida

a este pronto momento

e, então, dê uma lida,

não depois, neste evento,



neste exato momento.

Existe algum problema?

Se no Agora me sento,

não existe mais cinema.



Quando problemas perduram,

não há espaço pra vida.

Coisas novas, que lhes curam,

não têm neles guarida.



Assim, sempre que puder,

elabore seu espaço,

seja onde estiver,

arrede o seu fracasso,



de modo a encontrar

a vida sob a tal

"situação", o seu mar,

fonte espiritual.



Utilize seus sentidos,

esteja onde está,

todos os sons percebidos,

luzes, cores, formas há.



Mas, apenas, se admire,

tateie, sinta texturas,

do silêncio nada tire,

das coisas e das criaturas.;



há espaços entre elas ,

fique bem ciente disso,

descubra suas janelas,

o Ser está,também, nisso.



Esteja bem consciente

de tudo em sua volta,

e sinta o ar fluente

que você suga e solta.



E deixe que tudo "seja",

mova-se profundamente

pro Agora, e veja

como está consciente.



Você deixa para trás

o agonizante mundo

da abstração ferrabrás,

e o tempo moribundo.



Libertando-se do mal,

dessa mente doentia,

que suga o que é vital —

sua própria energia —



você está acordando

do tempo de pesadelo,

e no presente entrando,

onde há vida modelo.



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