Clic’ali>> Como jogar o tênis melhor que o Guga
Toda negatividade
resulta de um acúmulo
da vã temporalidade,
que faz da mente um túmulo.
O tempo fantasmagórico,
psicológico, encerra
o negativo histórico.;
do presente, se desterra.
Há desconforto, tensão,
ansiedade, estresse,
grande preocupação —
tudo mais que envelhece —
são iguais formas de medo,
causadas por um excesso
de futuro que, alpedo,
põe presente em recesso.
A culpa, o arrependimento,
a tristeza, amargura,
a mágoa, ressentimento,
a injustiça mais dura —
toda incapacidade
de se auto-perdoar —
vem da temporalidade,
do que foi, e sem estar.
Difícil acreditar
que, sem negatividade,
a livre consciência
possa em tudo reinar,
porém, é este estado
de liberdade promessa
de salvação, um primado,
o que mais nos interessa.
Mais difícil pode ser
o crer que o tempo causa
problemas, nosso sofrer,
quando o presente pausa.
Cada caso é um caso,
assim nós acreditamos,
nada nos vem por acaso,
os problemas nós criamos.
Em parte isso é certo.
Mas, enquanto ao passado
e ao futuro esperto
um estiver apegado,
sempre negando presente,
os problemas permanecem,
dos velhos ao mais recente,
e até se robustecem.
Se todos forem sanados,
por obra do tal acaso,
se do presente privados,
sentimo-nos no ocaso,
e, por isso, um conjunto
novo de problemas e sofreres
passam a ser o assunto
da mente, como deveres.
Em suma, nosso maior
problema é a mente,
pra quem já trilha de cor
que tempo é o seu dormente.
A presença é a chave
para sua liberdade,
e é a única nave
pro futuro, em verdade.
Quando nos vemos horríveis,
infelizes, sem saída,
sem as soluções possíveis
para prosseguir na vida,
a não ser com esperança
no que ainda virá,
não estamos em mudança.;
nossa atenção está
totalmente envolvida
pelo tempo, que será
ou que já foi, e a vida
no Agora nunca há.
Pois, não há como estar
infeliz e, totalmente,
no Agora penetrar,
em tempo coincidente.
A vida não se confunde
com "situação de vida".
Esta é que nos infunde
o tempo, como ferida.
Certas coisas do passado
não seguiram o trajeto
que foi por nós bem traçado.;
isso virou um projeto
de profunda resistência
ao que já aconteceu,
e, faltos de consciência,
nós resistimos ao eu,
ao que é, o Agora,
certos de que esperar,
mesmo com uma demora,
poderá nos libertar.
Por um instante esqueça
a "situação de vida",
libere sua cabeça,
como ponto de partida.
Atente pra sua vida
e sinta a diferença:
a situação vivida
não inclui uma presença.
Nossa vida é agora,
a situação vivida
exige uma demora,
o tempo é sua saída.
A "situação de vida"
é uma coisa da mente,
a vida é assistida
pelas coisas do presente.
Ache o "portão estreito"
de uma vida real,
que do Agora é feito,
nada tem de temporal.
Sua "situação" gera
problemas os mais diversos —
a maioria dessa era —
que não são incontroversos,
mas, restrinja sua vida
a este pronto momento
e, então, dê uma lida,
não depois, neste evento,
neste exato momento.
Existe algum problema?
Se no Agora me sento,
não existe mais cinema.
Quando problemas perduram,
não há espaço pra vida.
Coisas novas, que lhes curam,
não têm neles guarida.
Assim, sempre que puder,
elabore seu espaço,
seja onde estiver,
arrede o seu fracasso,
de modo a encontrar
a vida sob a tal
"situação", o seu mar,
fonte espiritual.
Utilize seus sentidos,
esteja onde está,
todos os sons percebidos,
luzes, cores, formas há.
Mas, apenas, se admire,
tateie, sinta texturas,
do silêncio nada tire,
das coisas e das criaturas.;
há espaços entre elas ,
fique bem ciente disso,
descubra suas janelas,
o Ser está,também, nisso.
Esteja bem consciente
de tudo em sua volta,
e sinta o ar fluente
que você suga e solta.
E deixe que tudo "seja",
mova-se profundamente
pro Agora, e veja
como está consciente.
Você deixa para trás
o agonizante mundo
da abstração ferrabrás,
e o tempo moribundo.
Libertando-se do mal,
dessa mente doentia,
que suga o que é vital —
sua própria energia —
você está acordando
do tempo de pesadelo,
e no presente entrando,
onde há vida modelo.
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