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Poesias-->5. O AMARGOR DO FEL -- 18/07/2003 - 07:56 (wladimir olivier) Siga o Autor Destaque este autor Envie Outros Textos


Hoje, o dia está propício

Para apanhar bons ditados.;

Será este claro indício

Dos trabalhos planejados.



Se não começamos bem

Esta nossa experiência.;

É preciso compreender

Que exista maior vivência.



Os sentidos do irmãozinho

De ouvir, de ver e tocar

Não serão substituídos

Quando da troca de lar.



Os dedos, que dão tão bem

Esta sensação de quente,

Igualmente poderão

Avaliar toda gente.



Parece-nos que este dia

Já começa precioso,

Pois as frases vão deixando

Um argumento valioso.



Aos poucos, vão-se achegando

Os irmãos que têm vontade

De utilizar a poesia

P’ra trazer felicidade.



Sabemos bem que este método

De exercitar-se alheado

Do tema que vem à mente

Vai deixar o irmão ilhado.



Não sabemos prosseguir

A partir de certo ponto.;

Rogamos ao Wladimir

Que nos dê um bom desconto.



Propomos ao irmãozinho

Que isto vá escrevendo ao léu:

Um dia ou outro, talvez,

Se encontre dentro do céu.



Rapidamente entendemos

A fácil repetição

Que a poesia nos oferta,

Nessa concatenação.



Nosso bode expiatório,

Neste momento de luz

É o pobre deste escrevente

Que não vê quem o conduz.



A quebra do pé do verso

Fica logo evidenciada,

Enquanto a frase prossegue

Em enorme disparada.



Pensamos, um outro dia,

Que bem mais fácil seria

Se as escritas só deixassem

As palavras que rimassem.



Mas a tempo vimos que era

Muito impróprio para nós

Pois o povo não ouvia

Mais o som da nossa voz.



Realizaremos agora

Alguns exercícios mais,

Pois achamos que este médium

Não se arrefeça jamais.



Já não temos bem certeza

De tudo o que aqui fazemos,

Porque não temos firmeza

Nos assuntos que trazemos.



Raramente encontraremos

O caminho da poesia,

Se ficarmos, simplesmente,

Lavrando trovas vazias.



O companheiro que escreve

Deixa bem claro aos parceiros

Que conhece muito o ritmo

Deste cantar brasileiro.



Era dever alegrar-nos

Com tal oferta operosa,

Mas temos bastante medo

De não passarmos da prosa.



É bem duro de dizer

Que não estamos propensos

A com lisura escrever

Pensamentos muito extensos.



É raro que os bons amigos

Mostrem tamanha ambição

De verem alguns versinhos

Passarem por sua mão.



Os últimos que dissemos

Pareceram “ajambrados”.;

Vamos deixá-los, portanto,

Bastante bem circulados.



São poucas as esperanças

De chamarmos a atenção

Para algum irmão poeta

Que queira cooperação.



Isto é porque o treinamento

Mal agora se inicia.;

Vamos ver o que acontece

Neste nosso dia-a-dia.



Se nosso amigo quiser

Deixar aqui um recado,

Não fique preocupado,

Haverá um novo dia.;

Outros irmãos passarão

Recheados de harmonia

Para o registro feliz

De algo que melhor condiz

Com a sua aspiração.



Não saberemos dizer

Como foi que conseguimos

Os versinhos estender.;

Pois não é a toda hora

Que dizemos — “Oi, Senhora!” —

E conseguimos fazer

Boa rima aparecer.



Este imenso vir a ser,

Que não ata nem desata,

Vai prosseguir por bom tempo:

Dizemos assim “na lata”.



Esta trova nada tem

De sutil ou camuflado

Que possa transparecer

Algo muito trabalhado.



É que nosso dia de hoje,

Por haver sido espalhado

Que não é chegada a hora,

Já se viu prejudicado.



Se arrependimento mata

— Contar com isso é preciso —,

Haverá bastante gente

Que vai perder o juízo,

Só em pensar naquel dia

De enfrentar Nosso Senhor,

Que, apesar de imenso amor,

Julga com toda a justiça,

Mas dando-nos alegria

Ao indicar nossa liça.



Está o amigo bem tonto

De aí ficar escrevendo.;

Pois volte ao computador

P’ra ver o que estou dizendo.

Não permaneça parado,

Mexa-se, vamos — avance,

Não vá pensar outra vez

Que não existe mais nada

Neste jogo de xadrez.



É hora da despedida.

Fica aqui neste papel

Registrada outra desdita,

Sem qualquer gosto de mel.



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