Difícil esquecer,
Difícil lembrar.
O tempo não apaga
O brilho, que ainda
Marca o verde-olho
Cor do mar!
Sou forte, “minina”,
Na esperança de viver
À sombra da tua sombra,
Colhendo dores sem nexo,
Lembrando do amor e sexo
Que vivemos com prazer!
Deitado em minha cama,
Gemendo feito criança
Ao balanço do meu corpo,
Dizia que era tudo
Que nunca vivera antes.
Espero!
Um dia, olhos de esmeralda,
Virá a mim do mesmo jeito
E dirá, que foi efeito, de
Louca alucinação,
Ter fugido do meu peito,
Entregue o corpo perfeito
A outra, mas meu
Por destinação.
Errei também,
Por proteção.
Se aqui nesta passagem,
Minha viagem não querida,
Fez com que a nossa vida
Fosse em opostas direções.
Ainda assim ,meu corpo espera,
Ainda assim, se for a hora,
Meu suspiro de despedida
Será segurando sua mão.
ci/ |