Veja antes ==>>Macaco na brasa
Fogo debaixo da terra
é difícil de achar,
o mau cabrito não berra,
é danado pra disfarçar.
É o fogo subterrâneo
que tem como combustível
húmus, turfa, conterrâneo,
que é pra nós invisível.
Fica debaixo do barro
que seca nos alagados
e nas florestas, qual sarro,
faz os seus acumulados.
Ele faz pouca fumaça
e não mostra suas chamas,
procede como cachaça,
tonteando até gramas.
Raízes das plantas morrem
e, também, germes da terra;
se de nós não se socorrem,
terra fértil se encerra.
Incêndios de superfície
pegam no chão da floresta,
alastram na imundície
de tudo seco que resta;
folhas e galhas caídas,
mais o lixo que se deixa
dos lanches e das bebidas...
ninguém pode fazer queixa!
Tudo que aparecer
seco, de boa altura,
faz o fogo se estender,
sem nenhuma compostura.
Fogos superficiais
são os mais comuns que há;
rápidos, causam mais ais,
chamas, calor de matar.
Mas há incêndios mais fortes,
que pegam nas plantas, por cima,
os raios lhes fazem cortes
qual espadas de esgrima,
mas o mais comum tem sido
fogo superficial,
depois de ter insistido,
ser a fonte principal.
Ajudado pelo vento
fogo superficial,
depois que toma assento,
descobre seco ramal,
mais alto, e faz emenda:
pega fogo numa copa.
Continua sua senda,
com toda copa que topa.
Incêndio de copa produz,
também, superficial.
Fogo de copas em cruz
caem lá no matagal.
Clic’ali, oh===>>É muito importante proteger as florestas
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