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Artigos-->Minha história de amor -- 13/08/2017 - 19:05 (João Rios Mendes) Siga o Autor Destaque este autor Envie Outros Textos





Minha ex-aluna DB pediu para eu escrever a história de amor dela. Me contou tudinho. Conversamos um tempão para matarmos a saudade e para eu achar o fio da meada. Nesses tempos em que as redes sociais facilitam o contato entre as pessoas, sabemos dos amigos apenas pela internet. No entanto, não podemos perder o hábito de nos encontrarmos, sentarmos e conversarmos. Pela internet não tem o valioso olho no olho nem se pode dar uma boa gargalhada. O máximo que sai é uma risadinha para dentro. A boa gargalhada é de dentro para fora, enche os pulmões, explode no rosto e contagia quem estiver ao redor.



Minha amiga conheceu o rapaz nos tempos de escola. Eu era o professor de ambos. Para ele era apenas namorico mas para ela era amor... e dos grandes. Estudavam à noite e algumas vezes fugiram da escola para namorar. Voltavam para a sala com o batom espalhado pelo rosto. Noutras vezes ficavam lá mesmo no ninho de amor.



Findo o ano letivo, os encontros rarearam, cada qual pro seu lado. Nova escola, novos amigos, novas fugidas... novos amores. Construíram suas vidas ao lado de outras pessoas e há anos não se veem.



Essa fragilidade nas relações é que muitas vezes nos levam a sofrimentos evitáveis. Se eles se amavam e se queriam por que não ficaram juntos? Só eles têm a resposta! A dela é que ele era muito ‘galinha’.



Ela falou da magia dos passeios de bicicleta ao lado dele. Falou também das vezes em que foi rapidinha à casa dele – sempre com hora marcada para voltar por causa da aula.



Semana passada ela lembrou dele por causa da música Love Hurt, do conjunto Nazareth. Foi a música que mais ouviram juntos. O trecho que ela mais gosta:



“O amor machuca, o amor deixa cicatrizes, o amor fere

E prejudica qualquer coração

Que não seja resistente ou forte o suficiente

Para aguentar muita dor, aguentar muita dor

O amor é como uma nuvem

Contém muita chuva

O amor machuca, oh, o amor machuca”



Quem criou a primeira música? Prefiro acreditar que tenham sido os querubins. A boa música entra em nossas almas tal qual coisa celestial.



As lembranças estão nos aromas, sabores e também na música. Ouve-se música sozinho em casa, em multidões e até trabalhando.

Cada música traz uma mensagem que se encaixa no mundo particular de cada indivíduo. O sucesso está em nós ouvintes nos identificarmos com a mensagem e a trazermos para nossas vidas. Uma música que não nos diz nada fica sem dizer nada mesmo.



A magia da música é tão suprema que independe da nossa idade, da cor ou estrato social para ela invadir corações. Se existem diferenças entre os seres humanos, somos todos iguais quando ouvimos uma boa música. Sim, boa música. Alguém já disse que “nada é mais longo que uma música ruim.”



Quando perguntei como anda o casamento, ela respondeu sem brilho nos olhos: ‘Anda’.



Ela finalizou nossa conversa com uma revelação e um pedido:



- Cada vez que ouço Love Hurts tenho um orgasmo, mas não bota isso não, viu? - Demos uma boa gargalhada e não resisti, botei.



- Pronto, é isso. Esta é a minha história de amor!

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