Cidadão proprietário de um comércio de comestíveis, a antiga venda instalada numa esquina. O veículo de seu Mané, uma Williams Rural servia a comunidade para socorrer os clientes, amigos e vizinhos. Sempre diziam: Socorro! Seu Mané e lá vai Mané. Mané passava o dia abençoando os afilhados tantos fossem.
Convites na casa de Mané não faltavam. Tudo e todos eram Mané o pelotão de uma gente.
O tempo vai passando e Mané continuava a ser amigo de todos. Sua caderneta era quilométrica com os nomes dos devedores. A cidade vai crescendo e Mané com a mesma simpatia, mas o mercado capitalista dinâmico, um dia instalam no município um grande supermercado Americanalhizado e a população de emediato esqueceu a Mercearia de outrora do Mané, Mané já era, Mané prestara, Mané tava bocó, Mané sujo, Mané ladrão. E agora Mané!? Mané para onde!? Adeus Mané. Quando Mané morreu, a política após a morte homenageou Mané com o nome de uma praça. A filha de Mané que era desembargadora foi convidada para a homenagem, mas infelizmente ela mandou uma representante devido a ocupação no fórum.