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Artigos-->O CAMUNDOGO VOADOR-mensagemcaligráfica-cl-Saes-ElucHistorico -- 13/11/2017 - 11:12 (Boanerges Saes de Oliveira) Siga o Autor Destaque este autor Envie Outros Textos
O CAMUNDONGO VOADOR – mensagem caligráfica – cl – Saes – Elucidário Histórico (1)





Vários foram os dias da caça, (2)



Rações venenosas exterminadas, (3)



Mas ele valente, sua vida seguia, (4)



Até que a arapuca cessou sua alegria. (5)



Foi com dó lançado nas espraiadas, (6)



Vivo, da ponte às águas, voou com raça. (7)





B.Saes (8)



11.11.2017 . 22.35 h.v. (9)



“ Conto real ocorrido neste sábado às 15.35 h.v.” (10)



Brooklin Paulista – São Paulo – SP – Brasil (11)



Há Elucidário Historiado! (12)





(1) Hipotético título, pois como pode um ratinho voar se asas não possui?



É a inspiração de um caçador (ator) que perseguiu o minúsculo roedor, por vários dias, sempre com a intenção de liquidar com a vida daquele pequeno serzinho (adjetivo carinhoso e não pejorativo).



Essa vontade assassina foi causada numa madrugada, no primeiro dia do mês de novembro de 2017, na lavabo térreo de nossa residência, quando ao utilizar o ambiente, o bichinho saiu correndo e foi para a cozinha, abrigou-se atrás de uma geladeira, e lá ficou, saindo para o quintal quando abrimos a porta, no raiar daquela manhã.



Obs.: Sem antes ouvir os apavorantes gritos da rainha do nosso lar!



(2) Perseguimos o bichinho, em algumas madrugadas, vez que ouvimos o som do roedor em atividade faminta, já novamente atrás da geladeira.

Estudamos o provável pensamento do nosso “irmãozinho” e adotamos métodos de “guerra” atraindo-o pelo estômago.



(3) Adquirimos vários sachês de iscas compostas com cereais e o tal chumbinho, colocamos na edícula, no quintal e em pontos que provavelmente fosse intinerário dele. Montamos, no quintal, uma arapuca como uma caixa metálica cromada retangular de 30 x 15 x 12 (cm) comprimento, altura e largura, composta de uma tampa e laterais com vários furos pequenos, uma forte mola e a ponta tipo anzol para fixar saquinho de iscas ou próprias iscas sólidas (tipo queijo, bacon,etc).

Surpresa: Lida as instruções figuradas na embalagem das iscas, a informação foi que após a ingestão do produto isca, daquele fabricante, o tempo de vida seria de 2 a 7 dias. Aí tivemos que alimentar o elemento meliante roedor por vários dias.



(4) Certa madrugada, ao acender a lâmpada da cozinha, vi como uma sombra de uns 10 cm de comprimento, junto a parede atrás da geladeira, deslocar-se como um raio e passar por baixo da porta. Concluí que estávamos fortificando o inimigo e não adiantaria reclamar na sociedade pela internet no tal “reclame aqui” que ninguém iria prejudicar a empresa fornecedora da ração venenosa, vez que tinham informado o consumidor do longo prazo de digestão, inclusive informam a causa da futura morte, por hemorragia no estomago (coitado! Quase desisti de perseguir o meliante!)



(5) Acordei com um barulho forte vindo do quintal, lata com lata, estridente, conclui “como inteligente que sou !”, que havia terminada a jornada dele, acreditava que pela manha, quando abriria a arapuca ele tinha liquidado com o conteúdo do sachê, mais chumbinho, mais cereais envenenados, e fim! Dormi em “PAZ” depois de vários pensamentos tenebrosos como fazer para descartar aquele “nojentinho pertubador” e questionei-me sobre os valores da vida, de todos, das árvores, dos animais e tudo que nos cerca, dos porquês dessas existências, enfim, aflorou a pergunta: Será necessário matá-lo, caso não teria morrido, ou levá-lo a uma longa viagem e soltá-lo no riacho que desemboca no rio Pinheiros?



(6) Pela manhã, sol das nove horas, tranquilo fui visitar a arapuca. Logo de casa percebi que o arame que sustentava o sachê das iscas, mexeu! Ah... vivinho da silva, lá fechadinho permanecia o nosso “inimigo”; Não o olhei olhos nos olhos, pois os furinhos nas laterais da caixa eram pequenos e precisava chegar muito perto, mas ele , o meliante, ficou estático e fingiu-se de morto, dei uma batidinha na caixa e nada, será que estou vendo coisas, será que está morto? Suspendi a caixa, até a linha reta horizontal de minhas vistas e deparei com os olhinhos dele, assustado e como ele “perguntando-me”: O que você vai fazer comigo agora, vou morrer? Alí foi o instante em que verbalmente, num diálogo franco, disse, só eu e ele e Deus: “O titio não vai matar você, nós vamos passear e você vai nadar no rio lá em baixo, espere eu tomar banho e antes da hora da noitinha eu levarei você vivinho até lá.



Prometi! No meio da tardinha, mentalmente coloquei meu capuz preto característico dos carrascos de Homens, levei o nosso “irmãozinho” até o carro e parti rumo ao riacho qual se localiza no meio da antiga avenida Águas Espraiadas, hoje Av. Jornalista Roberto Marinho, e lá, estacionei o veículo , peguei a caixinha, aguardei o sinal verde e atravessei por cima de uma ponte, já no meio do percurso, deparei com duas famílias à pé que estavam olhando aquele idoso com aquela caixa cromada estranha, quando informei que ali tinha um “ratinho vivo” e iria ser lançado nas águas. Um dos genitores se ofereceu para levantar a tampa da arapuca, disse que não, agradeci, chamei a atenção das crianças, quando vi que todas estavam prestando a atenção, levantei a porta, inclinei a caixa com a boca aberta para baixo, lá em baixo, uns dez metros de altura, do meio do rio, vi ele, nosso “irmãozinho” como que batendo asas, rabinho balançando no ar, como gritando de susto e alegria pela liberdade, rapidinho chegar na correnteza e certamente nadar até uma das margens.



7) Novamente, no retorno ao lar, reflexões rápidas, um sentimento de vitória e outro questionamento de derrota por estar existindo num Planeta que necessita-se exterminar com outras vidas para preservar a saúde, minorar a dor, prolongar a existência física naquele Orbe, com certeza, necessário para minha fase evolutiva. Sim, teoria do conformismo, filosofia barata, desculpa esfarrapada, perdão à Lei do Amor, enfim, são ferramentas que são acionadas em determinados instantes da rotina vital, nos trazendo claridade e respostas com maiores profundidades do que aquelas doutras fases infantis.



(8) Nome abreviado do autor Boanerges Saes de Oliveira.



(9) Data, horário de verão, marcando o término da mensagem caligráfica.



(10) Declaração do autor de que se trata de um evento real, não fictício, nada iventado.



(11) Bairro, cidade, estado e país aonde a mensagem foi escrita.



(12) Aviso que pós a leitura da caligrafia, o leitor teria uma explicação detalhada, um elucidário contando a história da mensagem, linha por linha.



Boanerges Saes de Oliveira

12.11.2017 – 17.15 h.v. (domingo)

Brooklin Paulista – São Paulo – SP – Brasil



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