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Poesias-->19. CONTE COMIGO -- 01/08/2003 - 06:50 (wladimir olivier) Siga o Autor Destaque este autor Envie Outros Textos


A ajuda que recebemos

De todo, sempre foi útil,

Mas nada do que dizemos

Deixa de ser muito fútil.



É bem esse o real caráter

De qualquer bom exercício,

Pois favorece o encarnado:

Não compromete o serviço.



O que estamos observando

É que, quando a rima falha,

O médium se perde um pouco:

Quase sempre se atrapalha.



É que o tom desta conversa

Tem de manter-se elevado,

Já que, com simples balelas,

Fica o médium preocupado.



Não é fácil estender-nos

A respeito deste assunto:

É como ao vegetariano

Oferecer-se presunto.



Caducamos, porcamente,

Oferecendo assistência,

Mas estamos mui eufóricos,

Com tão seleta audiência.



Os versos de agora vão

Preenchendo já estas folhas

De forma muito feliz:

Não estouram como bolhas.



Não fizemos de propósito

Buscar a rima infeliz:

Já sabemos que, com “folha”,

Só se intrometeu quem quis.



De novo, palermas somos,

A oferecer ao irmão

Uma rima mui difícil,

Que não lhe dá condição

P’ra perceber claramente

Quem o leva pela mão.



Entretanto, quando a rima

Termina em “-ão”, como acima,

Aí os trejeitos se ajeitam,

Nosso ânimo se inclina,

Como sinal de harmonia,

Pois já parece poesia.



Se as formas destes meus versos

Parecem inda grosseiras,

Vocês não sabem sequer

O que são totais asneiras...



Parece que o dia vai

Ficando bem parecido

Com todos os anteriores

Que proveitosos têm sido.



Hoje o trato está mantido:

Os versos apareceram.;

Já nem tudo está perdido:

As rosas não feneceram...



Às vezes, o médium sente

Que fica escrevendo à toa,

Pois não está conhecendo

Como é que o verso ressoa.



Mais tarde o bom companheiro

Poderá surpreender-se,

Ao tomar conhecimento

Disto que está a transcrever-se.



Bom dia há de ser aquele

Em que este amigo, por fim,

Estiver compenetrado

De que a luta é boa assim.



Desespero não é virtude,

Ciúmes são coisas mui feias.;

É preciso estimular

As qualidades alheias.



Raramente alcançaremos

Alguma quadra perfeita,

Se prosseguirmos fazendo

Com a mente tão estreita.



Vamos ter que amplificar

A nossa visão da vida,

Se quisermos rutilar

Em quadra desenvolvida.



O nosso dia ficou

Bem parecido co’os outros,

Mas a verdade é que eu sou

A Maria-a-ir-co’os-outros.



Este anseio de acertar

Parece vir de improviso,

Mas, na verdade, ele está

Bem impregnado no siso.



Andaimes são bons suportes

P’ra quem está construindo.;

Estes treinamentos são

Os em que vamos subindo.



Se for possível, um dia,

Dedicar-se à correção,

Quem sabe de algum proveito

Há de ser a redação?!



O que achamos esquisito,

Dentre todos os rompantes,

É sabermos que os mosquitos

Se deslocam só como antes.



Não tem pé nem tem cabeça

A quadra acima postada:

Muitas vezes este influxo

Deixa a cabeça arretada.



Procura o bom companheiro

Acertar o ritmo ao verso,

Pensando que algo padece

De arranjamento diverso.



Que linda sorte a que temos,

Pois vemos o fim das linhas.;

Após esta, só mais uma,

E estão feitas as quadrinhas!



Vemos agora que tínhamos

Esquecido que este treino

Dura por mais uma folha:

Recolhamo-nos ao reino.



Parcialmente defendidos,

Somos pelo nosso irmão,

Que se não quer derrotar,

Com grande desilusão.



Tal onda de fazer versos

Pode estender-se por anos,

Até que nós encontremos

Quem não nos vá deixar danos.



Toda vez que, antigamente,

Chegávamos a escrever

Uma página bem cheia,

Tínhamos de arrefecer.



Não desanime, rapaz,

Permaneça atento à escrita,

Pois estamos terminando

Mais esta nossa visita.



O dia não foi perdido,

Já que muito conseguimos

Treinar: as nossas quadrinhas,

Co’estímulo, prosseguimos.



A vida inteira estará

Bem posta à disposição,

Isto é que vemos lá dentro,

No fundo do coração.



Pensei que o treino valia

Muitas horas de emoção:

O que não traz alegria

Só deixa preocupação.



Bem sei que todas as letras

Que esparramamos só formam

Grande salada de língua

Que umas expressões adornam.



Não fume, não beba, não...

São avisos que detesto:

Pois, se fumo ou bebo, eu acho

Que realmente não presto.



Quem haverá de ocupar-se

Em revisar a poesia,

Bem agora que aprendemos

A escrever com fantasia?...



Trepado em cima da mesa,

Produzi forte ribombo.;

Foi quando perdi o equilíbrio,

Levando tremendo tombo.



Se aqui dou trela aos boçais,

Vão dizer que sou calhorda.;

Se não dou, vão pensar mais:

Que me têm em sua horda.



Parece que o dia foi

Grandemente proveitoso,

Pois, ao chegarmos ao fim,

Estamos cheios de gozo.



Não vamos arrefecer

O ânimo de poetar,

Pois tudo chega ao seu fim:

Basta ficar a esperar...



Nas noites enluaradas,

Ouço bardos a tocar

As endechas doutras eras:

Felicidades no ar.



“Este dia está perdido”,

Não era assim que pensava

O bom escrevinhador

Que muita atenção nos dava?



Agora, sim, finalmente,

Ampliamos a escritura,

São versos que, simplesmente,

Vão tendo melhor feitura.



O que lhe mais impressiona,

Ao bom amigo escrevente,

É a rapidez desta pena,

A dizer: — “Estou presente!”



Não quero me despedir,

Sem dizer ao bom amigo,

Ao querido Wladimir

Que pode contar comigo.



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